Escrito por: Rogério Hilário
Mensagem de Lula é exibida na abertura da 15ª Plenária Estatutária da CUT/MG. Palestrantes apresentam propostas para as lutas urgentes no Brasil e em Minas Gerais
Com debate sobre os desafios e tarefas do movimento sindical nas conjunturas nacional e estadual, a 15ª Plenária Estatutária da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) - "Vacina do Braço e Comida no Prato", transmitida virtualmente da Plataforma Digital Zoom Meetings, começou nesta quarta-feira (25). Entre outros destaques do primeiro dia, foi exibida uma mensagem de Lula. A mesa de abertura contou com lideranças políticas e sindicais. A atividade do dia foi encerrada com análise de conjuntura. A Plenária será encerrada nesta quinta-feira (26) com aprovação do plano de lutas, propostas e eleição de delegadas e delegados para a 16ª Plenária Nacional da CUT.
Lourdes Aparecida de Jesus, coordenadora-geral da 15ª Plenária e coordenadora-adjunta da 16ª Plenária Nacional, abriu os trabalhos no início da tarde. “Boa tarde a todas e todos, bem-vindos, é um prazer recebê-los É uma pena que tenhamos que fazer virtualmente e espero que no ano que vem possamos fazer o Congresso presencialmente”, disse. A coordenação da Plenária também contou com Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT/MG; Francisco Pereira dos Santos Filho, Francisco Piauí, vice-presidente; Yara Cristina Batista Diniz, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos; e Elaine Cristina Ribeiro, secretária de Combate ao Racismo.
“Estamos num momento importante e difícil para a classe trabalhadora e o povo brasileiro, com pandemia, Bolsonaro e Zema. O povo não aguenta mais tanta carestia, tanta fome e tanto desmandos desde governo. É a primeira Plenária Estatutária que fazemos de forma virtual. É uma experiência nova, construir um plano de lutas e eleger delegadas e delegados que vão nos representar na Plenária Nacional. Mas não podemos esquecer da conjuntura estadual, do que Zema vem fazendo em Minas. Um bom debate para todos nós”, saudou o presidente da CUT/MG.
“Abraço e sejam bem-vindos todas e todos, ainda que de forma virtual. bem-vindo a todos de uma forma virtual, dois dias de bastante conversa de diálogo e para consolidar o nosso compromisso com a classe trabalhadora”, saudou Fernando Piauí. “Boa tarde a todos a todos que possamos discutir nosso plano de lutas. Desejo excelente tarde de discussão e construção”, disse Yara Cristina. “Parabenizo delegadas, delegados e palestrantes. Temos dois dias para debater e construir nosso plano de lutas e propostas para a Plenária Nacional. Acredito que teremos um grande debate”, afirmou Elaine Cristina.
Na mística de abertura, Sania Barcelos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal do Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG), cantou o “Hino Nacional”. Duas atrações culturais se seguiram no palco virtual, com Gu Oliveira emocionou a todos ao cantar, à capela, “Eu só peço a Deus”, do compositor argentino León Greco e eternizada por Beth Carvalho e Mercedes Sosa. A canção acompanhou e foi trilha sonora de várias manifestações, atos e atividades do movimento sindical em Minas Gerais. Depois Walter Dias cantou “Sujeito de Sorte”, de Belchior.
“Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro”, sintetizou a secretária-geral Lourdes Aparecida de Jesus, após a apresentação de Walter Dias. “Vamos sobreviver e superar estes governos de Romeu Zema e Jair Bolsonaro.”
Durante a mística, foram exibidos dois vídeos. Um deles com um histórico destes tempos de Covid-19 no país. Outro sobre as lutas da CUT, toda sua base e dos movimentos sociais desde o Congresso Estadual realizado em 2019. Sania voltaria a se apresentar após a mesa de abertura, cantando “Vermelho”, sucesso de Fafá de Belém, “Girassol Amarelo”, da banda Cidade Negra, “Sangue Latino”, do Secos e Molhados e outras músicas.
Antes da mesa de abertura, foi exibida uma mensagem de Lula para os participantes da Plenária Estatutária. “Queridos companheiros. Fico feliz em saber que vocês estejam fazendo plenárias em todo o país. É um momento importante para a classe trabalhadora e todo o povo brasileiro. Enfrentamos uma crise sanitária em todo o país, e o governo não cuidou da pandemia e é responsável por mais de 570 mil mortes. Não acreditou na vacina, não acreditou na ciência, não acreditou na máscara. Mas gastou dinheiro público para fabricar remédios sem qualquer eficácia e se envolveu em corrupção na compra de vacinas. É um governo em que o desemprego bate recordes. São 15 milhões de desempregados, mais milhões de desalentados, 32 milhões em empregos precários na informalidade. A fome afeta 19 milhões, 37 milhões não conseguem consumir as calorias necessárias. Este governo nunca discutiu desenvolvimento, infraestrutura, não fez investimentos na educação, na saúde, na tecnologia. Este é o país que vamos discutir. O governo não discute saúde, salário, emprego, como melhorar a vida do povo. Prefere discutir voto impresso. Algo está errado neste país. Que país a gente deseja a partir do que está acontecendo? O teremos em 2022? É preciso mudar a Câmara, o Senado. Cada deputado deveria assinar um documento com o que vai fazer com sindicatos, pela garantia de empregos. O povo brasileiro quer voltar a ser empregado, quer ter direito a um bom sistema de saúde. A CUT é uma ferramenta necessária nesta disputa. Estou pronto para debater com vocês das decisões que saírem desta extraordinária iniciativa de fazer Plenárias em todo o Brasil.”
Sérgio Nobre, presidente da CUT, também se pronunciou na abertura da Plenária. “Quero saudar a todos vocês. Infelizmente a plenária se dá no momento mais difícil da classe trabalhadora brasileira. A maioria destas mortes poderia ser evitada se não fosse o comportamento genocida e negacionista. O desemprego cresce. Prepara-se novo ataque na legislação trabalhista. O governo recriou o Ministério do Trabalho não para dialogar, mas para aprofundar o desmonte com a carteira verde e amarela, que é o trabalho sem direito nenhum. É escravidão. Bolsonaro tenta desmontar o Estado, prepara a privatização do setor elétrico, dos Correios, da Petrobrás, o Banco do Brasil. A PEC 32 acaba com o serviço público, com concursos públicos. Somos obrigados a jogar todo o peso e a sonoridade com o fora Bolsonaro. Com o impeachment. Na nossa Plenária vamos debater as transformações do mundo do trabalho. A pandemia acelerou os processos, com o home office. Pós pandemia vai se tornar uma realidade que veio para ficar. As lojas virtuais, contratações por aplicativo, de diaristas, professores, motoristas. Temos que reestruturar os sindicatos, os ramos, preparar a CUT para enfrentar este novo mundo. Espero uma grande Plenária e que daí saiam resoluções não só para o Estado, como também para toda a classe trabalhadora brasileira. Um grande abraço, um bom debate e fora Bolsonaro.”
Resistência, fé na luta e ousadia
A mesa de abertura política foi formada pelo presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho; José Celestino Lourenço, representando a CUT Nacional; Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB em Minas; Wagner Caetano, representante do deputado estadual André Quintão (PT), líder do bloco de oposição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; Guima Jardim, presidente do PT de Belo Horizonte; Luís Paulo, da Frente Brasil Popular; deputado federal Rogério Correia (PT); deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT); Gelson Alves, secretário-geral da CTB; e Silvania Rosa, da Intersindical.
Para José Celestino Lourenço, o Tino, a conjuntura nacional exige a atualização do projeto organizativo do movimento sindical. “A CUT vai fazer 38 anos de luta, no dia 28, em meio a todo este cenário. A Plenária é fundamental para construirmos planos de lutas e a plataforma. E também é fundamental para a tarefa que é atualizar o nosso projeto organizativo para enfrentar este momento. Um cenário de milhões de trabalhadoras e trabalhadores precarizados. Em que milhões não vão voltar para o local de trabalho originário. Será preciso uma ampla organização, fazer a disputa no local de trabalho, contra essa política de ódio deste governo genocida. Os sindicatos têm que levar o debate nos bairros periféricos, nas comunidades. E é preciso ampliar a nossa base de organização. Organizar novas categorias, como os trabalhadores em aplicativos, entregadores de alimentos. Vejam, por exemplo, trabalhadoras e trabalhadores na cultura. São 5 milhões e significam 4% do PIB e estão altamente precarizados. É necessário um processo que articule transversalmente negros, negras, juventude, indígenas. Trazer estas organizações para o interior da CUT e ampliar a nossa representatividade. Outro desafio é fortalecer a aliança para eleger Lula, para resgatar este país.”
Gelson Alves, secretário-geral da CTB, avalia que o momento é de fortalecer o diálogo com a sociedade. “Minas Gerais pensa a classe trabalhadora em todo país. O Estado é orientador de muitas lutas. A CUT está de parabéns por fazer as plenárias em todos os Estados. Elas vão colaborar e muito para o processo de luta de trabalhadoras e trabalhadores. O momento é delicado para nós. É pancada para todos os lados, desde o impeachment da presidenta Dilma. E nos posicionamentos contra Michel Temer, que fez a ponte para o inferno. Estivemos ao lado de Haddad. Num processo eleitoral não saímos vitoriosos, mas fizemos a luta. E crescemos no processo de mobilização. No momento com um governo genocida, o processo de diálogo com a sociedade temos um papel importantíssimo. A CUT vai debater as questões políticas, apontar as saídas para os problemas que estamos enfrentando. E vai articular com as outras centrais e movimentos para derrotar este governo. A CUT vai discutir de forma mais clínica o governo de Zema, que repercute no estado o governo Bolsonaro. Muito importante é tenhamos metas que nos unifique. Tirar Bolsonaro e de quebra tirar o filhotinho que tem em Minas.”
“Nós estamos em casa, dialogando com companheiros da CUT, que cumpre papel fundamental na luta popular e nacional na luta política. Papel em Minas, todo zelo com a construção da unidade, para enfrentar os ataques do capital e seus representantes. CUT Minas tem desempenhado bem a articulação para as lutas em meio a uma pandemia. Cito a campanha de solidariedade no momento que enfrentamos, quando o governo aumenta a fome. E tem feito a diferença com a comunicação, com a produção de muitos materiais, que muitos procuram nas redes da CUT para potencializar e fazer o debate com o povo. Vamos nos debruçar na Plenária, que tem o desafio de potencializar a organização da classe trabalhadora, dar conta de organizar o povo e apontar para o horizonte. Apontar para a construção de um projeto de país, baseado. Estamos juntos, nas construções das lutas de diárias em cada serra de Minas”, disse Luís Paulo, da Frente Brasil Popular.
“O tema da Plenária é totalmente pertinente: manutenção da vida e da saúde das pessoas. E a urgência de botar para fora os que negligenciam a saúde. Zema e Bolsonaro negligenciaram a vacina, não se preocuparam as vidas de brasileiras e brasileiros. Temos centenas de militares no governo que aprofundam o golpe de 2016. E agora enfrentamos a ameaça de autoritarismo. A CUT esteve na luta permanente defesa do patrimônio público, do povo e dos interesses e direitos da classe trabalhadora. É bom lembrar do nosso desafio maior: construir a unidade da classe trabalhadora, d os partidos políticos e devolver a esperança do povo. Devolver a presidência à classe trabalhadora não será fácil, mesmo com Lula. É fundamental organização e consciência de classe. Organizar a classe trabalhadora para tirar a genocida do poder e devolver a esperança ao povo brasileiro. Viva a classe trabalhadora. Estaremos sempre juntos nas lutas”, afirmou Guima Jardim, presidente do PT de Belo Horizonte.
“A CUT tem feito uma boa luta de resistência contra o governo Bolsonaro. Realiza uma Plenária num período importante, numa conjuntura diante de um governo que não apenas de direita. É um governo fascista, que ataca os adversários e inclui todos como inimigos que devem ser liquidados. Insulta as instituições democráticas. A Constituição de 1988 significou a consolidação da democracia. Agora, o STF, o Congresso e tudo que é obstáculo para o seu golpe são inimigos. O governo impõe uma agenda econômica que é muito danosa para os trabalhadores. Que inclui privatização dos correios, reforma administrativa, o aumento do custo de vida. As pessoas sentem os preços dos combustíveis, da carne. Voltamos ao mapa da fome. O desemprego bate recordes, aumentou a população de rua, pessoas vivem na extrema pobreza vivem na pobreza extrema. Bolsonaro tenta impor à força sua agenda nefasta, o fosso social. A pandemia veio demonstrar isso de forma clara. Em Minas, temos o governo Zema de atrelamento ao bolsonarismo. Ele já flertou com o negacionismo. Critica o Supremo e o Congresso. Defende um ato em 7 de Setembro. Zema toma partido para o lado errado da história. Abrir caminho derrotando Bolsonaro, frente ampla, e fazer com que reflita em Minas contra Zema”, analisou Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB.
“Zema se vangloria do acordo realizado com a Vale, faz proselitismo, mas sobre políticas públicas, desenvolvimento econômico não tem o que dizer. A luta pela unidade. Ofensiva contra o povo brasileiro. Estamos invertendo a correlação de forças. Eles estão nas cordas. Agora é o pior momento do governo Bolsonaro. E temos Lula de volta ao páreo. A conjuntura evoluiu. Bolsonaro está acuado, 64% dizem que não votam nele de jeito nenhum. Com a unidade de sindicatos, movimentos sociais, partidos políticos interessados num Estado que promova a distribuição de renda, vamos reencontrar o caminho em 2022. Pintado com as bandeiras vermelhas da CUT, dos movimentos sociais. É o nosso esforço para derrotar o fascismo, trazer paz e harmonia. Nosso velho PCdoB estará do lado da CUT, das centrais”, completou.
“Venho desejar a todas e todos muita força. Participo do Sind-UTE/MG que vem travando uma luta acirrada com o governo do Estado. Desafio de nosso Estado é derrotar Romeu Zema, um negacionista que declarou que o vírus da Covid-19 deveria circular e que repercute aqui as políticas genocidas e privatistas de Bolsonaro”, disse Silvania Rosa, da Intersindical. “Nosso desafio é enfrentar o bolsonarismo, cujo modus operandi é a violência. É importante que estejamos preparados para a enfrentar a conjuntura”, afirmou Wagner Caetano,
Esperança foi a palavra que sintetizou a fala do deputado federal Rogério Correia (PT). É uma honra estar com vocês nesta abertura. Eu que fui um dos fundadores da CUT. O momento que vivemos não é simples. É muito acirrado e de muita resistência. A minha palavra para vocês é esperança. Vivemos sob a ameaça da PEC 32, o governo tem um projeto conservador e tem aliança de mercado. É preciso ter muita garra. E nossa resistência tem dado resultados. Podemos dar uma guinada na conjuntura, ir da resistência a sonhos maiores. Lula foi absolvido e graças à nossa resistência. Não puderam manter a farsa da prisão de Lula. O governo Bolsonaro se desmancha, até com ameaças golpistas. Mobilizações, Grito dos Excluídos: o momento é propício para irmos para as ruas. Com a CUT resistimos ao projeto neoliberal, ajudamos a construir projetos populares nos governos Lula e Dilma Os trabalhadores precisam da CUT, para a organização da resistência para ao avanço da classe trabalhadora. Nossa bancada está com a CUT. Fora Bolsonaro. E leva o Zema junto.”
“Cumprimento a Lourdes e a todas as mulheres dirigentes sindicais. Que assumiram esta importante tarefa, permeada por violência política, a luta sindical, para mudar a nossa realidade, interferir na realidade e na luta de classe. E ao Jairo, vítima de uma perseguição. Tentaram isolá-lo das atividades sindicais. Teve paciência e resistência para conseguir superar. Vocês fazem a luta sindical no momento mais difícil desde a redemocratização. Enfrentamos o golpe, o genocídio, fascismo e a milícia no nosso país. Estaríamos em condições piores se não tivéssemos os sindicatos. Sonegaram a pandemia, mas os sindicatos fizeram as lutas e resistiram. Os Correios foram afetados, bancárias e bancários, também. A educação durante 14 meses impediu que Zema fizesse a convocação de educadoras e educadores para aulas presenciais. O Sindimetro lutou. O Sindipetro denunciou a contaminação de companheiros na Regap. Todos os sindicatos lutaram em defesa da vida e das suas categorias”, disse Beatriz Cerqueira.
“Preciso dizer da importância da Central neste momento, de enfrentamento da política de morte, de desemprego estrutural, de milhões passando fome, sem poder comprar alimentos, comprar gás de cozinha. A nossa tarefa em momentos estatutários como este é construir um plano de lutas em podemos nos posicionar em duas frentes. Uma delas com denúncias da política fascista da morte. Outra a tarefa em Minas, na conjuntura estadual. Minas tem um papel estratégico nas discussões nacionais. Temos que fazer a disputa de projeto o tempo inteiro. Conseguimos comprovar o aparelhamento partidário do partido Novo, que se confunde com governo, com contratos feitos sem licitação e a Cemig está pagando a conta. Zema quer vender tudo, privatizar tudo e aparelhar. Olhe o acordo com a Vale, onde a maior parte dos recursos não terá controle. Tudo será feito pela Vale. Está em curso um projeto devastador: não ter estado para a população, mas para o capital, para acumular mais. E o povo não ter nada. Contra o desencanto e a desesperança, trago uma mensagem de fé, fé na luta. Compromisso de fé na luta. E de fortalecimento dos sindicatos, para a luta de classes. Sindicato enfraquecido só faz bem ao capital. Nos colocamos à disposição. Fé na luta coletiva, no que é transformador, nossa força. É preciso construir um plano de luta ousado, para isso temos que ser ousados. Nós sabemos fazer tudo. Fora Bolsonaro e fora Zema”, finalizou a deputada estadual.
Fazer a mudança e resistir. Pensar no futuro
“A Plenária tem sido ótima. A fala do Lula deixa muitas tarefas. Quem vai fazer a mudança somos nós, temos a obrigação de fazer isso. Temos que dialogar com as pessoas, pois há um ataque muito forte à classe trabalhadora. Acharam que iam nos derrotar com a reforma trabalhista, e continuamos fortes. Seremos audaciosos com um plano de lutas que reflita o que está acontecendo no momento. Quando eu a Beatriz assumimos a CUT, depois da greve histórica de 112 dias da educação, diziam que era impossível derrotar Anastasia e Aécio. Demos um couro em Aécio em 2014. Ele perdeu no Estado e na eleição para a Presidência da República. Derrotamos o modelo de gestão do PSDB, de muita propaganda e pouca ação. Nós denunciamos e isso propiciou a vitória de Dilma. Veio o golpe, que resultou nas vitórias de Bolsonaro e Zema. Temos a possibilidade de mudanças, de discutir nacionalmente e Minas Gerais”, afirmou o presidente da CUT/MG.
“Nossa tarefa no Estado é discutir com a população o que é o governo Zema. Se você perguntaram para as pessoas o que acha de Zema, dizem: não sei. O mesmo acontecia com Aécio e Anastasia. Temos a oportunidade de debater com a sociedade. Com a Beatriz e outros deputados mandamos um ofício à Assembleia e hoje temos a CPI da Cemig, que mostra essência do governo do Estado. Quais são as consequências do seu modelo de gestão. Vamos pegar o que está sendo feito com a CPI e discutir com as pessoas. Precisamos derrotar Bolsonaro e derrotar Zema. É uma tarefa muito grande. Mas temos argumentos. Como pode o país produzir tanto petróleo e a gasolina ser vendida a R$ 7. E o governo de Minas não faz nada. Com o acordo com a Vale, pensa em fazer o Rodoanel. E o povo passando fome e a vacinação está atrasada. Precisamos resgatar o país para o povo brasileiro e dar esperança para as próximas gerações. Fazer a mudança e resistir. Pensar no futuro. Tenho certeza que a nossa Plenária vai ser um sucesso, com um grande plano de lutas e contribuições para a Plenária Nacional”, completou Jairo Nogueira Filho.