Escrito por: Sintect/MG

Plenária Nacional em Solidariedade aos Trabalhadores dos Correios

Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG) e o Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de Dados de Minas Gerais (Sindados/MG) chamam todas as organizações dos trabalhadores para participar, na próxima sexta-feira, 21 de agosto, às 19 horas, da Plenária Nacional em Solidariedade aos Trabalhadores dos Correios, categoria que está em luta contra a política de privatização da Estatal e pela garantia dos direitos dos trabalhadores. A greve teve início às 22  horas desta segunda-feira, dia 17 de agosto de 2020. 

A política entreguista do governo Bolsonaro, que está a reboque das ordens dos Estados Unidos, é de um verdadeiro desmonte de toda a estrutura do Estado brasileiro. Enquanto esta política avança, mais de 100 mil brasileiros perderam a vida em decorrência da pandemia do novo coronavírus, diante da qual o poder executivo federal apenas “lava as mãos”.

Jair Bolsonaro segue à risca a agenda econômica para a qual foi colocado no poder. Aprofundou a Reforma Trabalhista, retirando direitos históricos dos trabalhadores; aprovou e está colocando em prática a Reforma da Previdência; propõe uma Reforma Tributária que irá onerar ainda mais os trabalhadores etc. Além disso, acelera o projeto de entrega de todas as riquezas naturais para capitalistas estrangeiros e de privatização das estatais como, por exemplo, a Eletrobrás, a Petrobras, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) e os Correios.

Os Correios, que sofrem ameaça de privatização há décadas, vêm sendo sucateado de forma proposital, como parte de uma política. Mas o fato é que mesmo sem concursos e sem investimentos básicos, é a única empresa que chega a todos os municípios brasileiros, responsável pela integração nacional, distribuição de material didático para a educação pública etc. Neste contexto de pandemia fica ainda mais evidente que sua importância social na distribuição de medicamentos e vacinas em todo território nacional não pode definhar.

No bojo dessa crise, os trabalhadores dos Correios são duramente atacados. O general no comando da Empresa, Floriano Peixoto, simplesmente acabou com o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria – desde o dia 01 de agosto os trabalhadores estão sendo regidos pela CLT. Isto significa perda de direitos históricos, como os adicionais da categoria, licença maternidade de 180 dias, diferencial de mercado, anuênios, 70% de férias, vale-cultura etc. A consequência será o rebaixamento do poder de compra dos ecetistas, que já têm o menor salário dentre os servidores federais, pavimentando o caminho para a venda dos Correios para várias empresas internacionais, a exemplo da Amazon e da Fedex.

No atual momento, com a retirada de todos os direitos dos trabalhadores, é imperativo a unidade de ação da classe trabalhadora. A solidariedade entre as categorias que estão sendo, a princípio, mais duramente atacadas, deve ser a tônica. No caso dos Correios, sua campanha salarial é a primeira do segundo semestre. Logo, a importância tática de uma vitória do movimento dos trabalhadores dos Correios, que faça o governo recuar, é grande para toda a classe trabalhadora.

Foi na luta histórica da classe trabalhadora que todos os direitos foram conquistados. E será apenas pela sua  mobilização que ela conseguirá reavê-los.

Conclamamos, assim, a todas as categorias de trabalhadores a lutar contra o desmonte do Estado Brasileiro e contra as políticas ofensivas de retiradas de direitos da classe trabalhadora.

Não à privatização dos Correios e demais estatais!
A vida vale mais que o lucro!
Fora Bolsonaro e todo o seu governo! Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!