Escrito por: Rogério Hilário
Gleisi Hoffmann participa de encontro com os movimentos sindical, sociais e populares na sede da CUT Minas
A presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, participou de encontro com os movimentos sociais sexta-feira, 19 de maio, na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG). A atividade contou com a presença de dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Sind-UTE/MG, Sind-Saúde/MG, Sindipetro/MG, Sintect/MG, do Sindieletro/MG e de outras entidades dos movimentos sindical e sociais. Participaram também Guima Jardim, presidente do PT de Belo Horizonte; os deputados estaduais Cristiano Silveira, presidente do PT no Estado, Beatriz Cerqueira, Ulysses Gomes, Betão, do deputado federal Rogério Correia e do vereador Bruno Pedralva, entre outros parlamentares e autoridades.
Antes de iniciar a atividade, Gleisi Hoffmann se reuniu com o presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE/MG), Denise de Paula Romano, a presidenta do Sindicato dos Empregados dos Transportes Metroviários e Conexos (Sindimetro/MG), Alda Lúcia Fernandes dos Santos, e o presidente do Sinfazfisco e da Pública Central do Servidos, Hugo Renê, que apresentaram as demandas dos servidores públicos do Estado e pauta de metroviárias e metroviários.
Denise Romano entregou à presidenta do PT um documento em que denuncia os prejuízos que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) apresentado ao governo federal, ainda na gestão de Jair Bolsonaro, vai causar ao funcionalismo público e ao povo mineiro. Ela e Hugo Renê pediram que o governo federal não aceite o RRF proposto pelo governo Zema, que desmonta os serviços públicos e retira direitos dos servidores. A proposta do governador de Minas Gerais é baseada no arrocho de salários e privatizações.
Alda Lúcia expôs a Gleisi Hoffmann a situação da categoria metroferroviária de Minas Gerais, depois da venda do Metrô de Belo Horizonte à empresa Comporte, e reiterou o pedido de que Lula receba os metroviários. Ela falou, mais uma vez, que cerca de 1.600 empregos estão ameaçados e a própria empresa já manifestou que não se opõe à transferência dos funcionários para a Administração Central da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em Brasília.
“Vivemos um processo em Minas Gerais de festa e de tristeza. De festa com a vitória de Lula. Mesmo com o apoio de Zema ao Bolsonaro no segundo turno, conseguimos manter a vitória do Lula. Nos causou tristeza a vitória de Zema no primeiro turno. E agora ele se coloca como o candidato da direita para 2026. E tem rodado pelo país para tentar convencer as pessoas que Minas Gerais tem o modelo de gestão para o Brasil. Ainda teve a cara de pau de, nesta semana, defender a taxa de juros, dizer que a culpa é do governo e não de Campos Neto, do Banco Central”, afirmou Jairo Nogueira Filho.
“Zema se sente tão à vontade que, no 21 de abril, Inconfidência Mineira, teve o descaramento de homenagear Michel Temer e Sérgio Moro e de tachar Tiradentes como bandido. Nós, dos movimentos sindical, sociais e populares, aqui em Minas Gerais estamos fazendo a resistência. E precisa ser agora, não podemos deixar para 2026. Vamos mostrar quem é o Zema. Nós fizemos este trabalho com o Aécio. E é possível fazer o mesmo com Zema.”
A presidenta do PT fez questão de agradecer movimentos sindical, sociais e populares pela vitória de Lula. “Vocês foram essenciais na vitória do Lula. Acreditando na luta, sempre de cabeça erguida, enfrentando, defendendo. Assim foi com Dilma, depois com a operação lava jato, na prisão de Lula. Os movimentos ficaram firmes, mantiveram as vigílias de pé e enfrentaram. Nós resistimos porque temos uma causa: acreditamos em outro projeto para o Brasil. Agradeço muito a vocês que não deixaram a luta em nenhum momento e foram fundamentais na campanha. Se não tivesse a resistência, a organização e a presença de vocês, sequer teríamos conseguido construir as alianças que possibilitaram a vitória”, disse Gleisi Hoffmann.
Para a deputada federal, a proposta de RRF foi elaborada sob o governo Bolsonaro e, para ser aprovada, cláusulas precisam ser revistas. "Nós somos contra a privatização, somos contra o arrocho de salário dos servidores. Isso não é uma pauta nossa.”