Votação na ALMG encerrou duas horas de obstrução da oposição no plenário; foram 50 votos a favor e 17 contrários
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, em primeiro turno, o projeto de lei que autoriza a privatização da Copasa. A votação encerrou duas horas de obstrução no plenário e consolidou a vitória do governo Romeu Zema (Novo), que tratava o tema como uma das prioridades da atual gestão. O projeto ainda precisa ser votado em segundo turno.
O texto foi aprovado por 50 votos a favor e 17 contrários, após um dia marcado por sucessivas tentativas da oposição de atrasar a análise da matéria. Ao longo das sessões, parlamentares contrários ao projeto argumentaram que o projeto deveria ter sido discutido por mais tempo, inclusive com os prefeitos, já que a responsabilidade pelo serviço é municipal. Eles também criticaram o fato de o governo, segundo relataram, ter discutido o tema com representantes do mercado financeiro antes mesmo da privatização.
Já a base governista defende que a venda da estatal permitirá ampliar investimentos e tornar os serviços de água e esgoto mais eficientes. Líderes aliados reforçaram que o projeto cria mecanismos de fiscalização e metas de universalização que, na visão deles, seriam mais difíceis de alcançar com a empresa mantida sob controle do Estado.
A aprovação representa um passo decisivo para o plano de desestatização. O texto ainda precisa ser analisado em segundo turno, etapa que costuma ser mais curta, mas que ainda deve mobilizar nova tentativa de obstrução da oposição.