Escrito por: Rogério Hilário
CUT/MG, sindicatos CUTistas, movimentos sindical, sociais e estudantis e lideranças políticas gritam "Fora Bolsonaro" durante cerimônia no Palácio Tiradentes
“Fora Bolsonaro”, “Privatização é coisa de ladrão”. Com essas e outras bandeiras, a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), sindicatos CUTistas, movimentos sociais, populares e estudantis e lideranças políticas repudiaram, na manhã desta quinta-feira (30), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, a presença de Jair Bolsonaro no Estado. A manifestação serviu como preparação para o grande ato do Dia Nacional de Luta, neste sábado, 2 de outubro, que terá concentração às 15h30 na Praça da Liberdade.
A manifestação foi realizada no hall do Palácio Tiradentes, onde aconteceu a cerimônia com integrantes dos governos federal e do Estado. O protesto contra o governo de fome e de morte, a política privatista e entreguista, que faz parte do projeto do governador Romeu Zema, foi realizado também para deixar bem claro que Bolsonaro não é bem-vindo a Minas Gerais.
Na concentração, dirigentes da CUT/MG estenderam faixas “Fora Bolsonaro”, “Fora Zema” e bandeiras no gramado em frente ao Palácio Tiradentes. Mas foram obrigados, pela Polícia Militar, a retirá-las, sobre a alegação de que “poderiam danificar o projeto paisagístico de Oscar Niemeyer”.
Bolsominions hostilizaram os movimentos sindical e sociais e tentaram, com provocações, ofensas e ameaças, provocar um confronto, mas foram rechaçados pelos manifestantes. Houve um princípio de tumulto quando ficou evidente que os seguranças beneficiavam os apoiadores de Bolsonaro, deixando que se aproximassem do palanque e, ao mesmo tempo, barravam a passagem dos movimentos sindical e sociais. Algumas grades foram retiradas. Logo o incidente foi contornado, apesar de denúncias de agressões dos seguranças. O vereador Nikolas Ferreira (PRTB) também provocou os manifestantes, mas foi rapidamente retirado pelos policiais.
“Estamos aqui nesta grande manifestação para dizer que somos contra a presença de Jair Bolsonaro em Minas. Ele é responsável por um governo que não tem qualquer compromisso com nosso Estado. E somos contra a política privatista, que Romeu Zema, um dos poucos governadores que ainda apoiam Bolsonaro, quer impor em Minas. Estamos aqui para protestar contra o desemprego, a miséria, a fome, a carestia e as mortes pela pandemia de Covid-19, que são o resultado das políticas deste governo. Este protesto é uma prévia do Dia Nacional de Luta, sábado, 2 de outubro”, disse o presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho.
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