Sindipetro/MG denuncia que privatização pode acontecer nas próximas semanas e que presenças de diretores da empresa focados na venda e do Exército nas dependências da refinaria são tentativa de coação da luta
O Sindicato das Petroleiras e dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) denuncia mais um ataque à vida do povo mineiro e o risco iminente da venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A presença de diretores da Petrobras e de efetivos do Exército nas dependências de refinaria, nesta terça-feira, 7 de junho, evidenciam ainda mais os riscos da privatização.
Segundo o coordenador do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, a entidade obteve informações de que a Regap pode ser privatizada nas próximas semanas. “Será um duro golpe na sociedade mineira. Se isso acontecer, haverá uma explosão nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. Como aconteceu na Bahia, após a venda da RLAM. Hoje, a Bahia tem a gasolina mais cara do Brasil”, afirmou Finamori.
O dirigente sindical denunciou que a situação ficou ainda mais grave com a presença nas dependências da refinaria, de diretores da Petrobras, focados na venda, e também do Exército brasileiro, fortemente armado, numa clara tentativa de coação à luta de trabalhadoras e trabalhadores.
“Lembramos que o Exército considera a Regap uma área de segurança nacional. Queremos que este mesmo Exército considere um absurdo a entrega deste patrimônio nacional nas privatizações de Bolsonaro. Precisamos do apoio de toda a sociedade, dos parlamentares, dos movimentos sociais para juntos barrar esta privatização. Não podemos aceitar que vendam este patrimônio do povo. Defender a Petrobras é defender o Brasil”, afirmou o coordenador do Sindipetro/MG.