Escrito por: Jornalistas de Minas
Trabalhadoras e trabalhadores da Rede Minas exigem uma lei de carreira decente que preveja a recomposição das perdas e iguale o salário deles com o dos jornalistas e radialistas da Inconfidência
Trabalhadoras e trabalhadores da Rede Minas paralisaram suas atividades nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, em protesto contra os baixos salários e a falta de definição e clareza sobre o destino de todos na Empresa Mineira de Comunicação (EMC). A decisão é motivada pela falta de reposição salarial após sete anos de serviços prestados à Rede Minas e ausência de transparência quanto aos procedimentos adotados pela direção da empresa na implantação do Plano de Cargos e Salários (PCS) para os servidores da TV.
Trabalhadoras e trabalhadores também decidiram pela greve diante da falta de interesse da direção em defender, junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, os trabalhadores sobre vínculos, benefícios e direitos diante da iminente migração destes profissionais para a recém-criada EMC.
O estopim para o movimento paredista, além da insatisfação crescente com o comando da EMC, foi a publicação, pela empresa, de um planejamento estratégico que prevê que trabalhadoras e trabalhadores da Rede Minas passem, a partir de março, a produzir também para a Inconfidência com “custo zero”, o que pode significar acúmulo de função sem acréscimo salarial.
Os grevistas exigem valorização salarial e definição sobre o futuro deles na EMC. Em 2020, comando da empresa se autoconcedeu reposição de nove anos de INPC, mas para os concursados, que estão sem reajuste há sete anos, não ofereceu nada.
Trabalhadoras e trabalhadores da Rede Minas exigem uma lei de carreira decente que preveja a recomposição das perdas e iguale o salário deles com o dos jornalistas e radialistas da Inconfidência, já que a intenção é unir as duas emissoras públicas em uma mesma empresa, a EMC.
A gestão da EMC está de acordo com o projeto político do governador Romeu Zema. Assim como vem fazendo na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), este modelo de ação se repete na Rede Minas e na Inconfidência: sucatear as empresas públicas para privatizá-las.