Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindimetro/MG

Sem abertura de negociações, metroviárias e metroviários mantêm greve em BH

Trabalhadoras e trabalhadores do Metrô de Belo Horizonte querem a manutenção dos empregos de 1.600 concursados e o fim do processo de privatização da STU-BH

Metroviárias e metroviários de Belo Horizonte decidiram, em assembleia realizada na noite de quarta-feira, 6 de abril, na Estação Central, manter a greve da categoria. A mobilização já dura 17 dias. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG), o governo federal não sinalizou abertura para negociações. Sem avanço na pauta apresentada pelos trabalhadores, o metrô vai continuar operando apenas das 10 horas às 17 horas.

Trabalhadoras e trabalhadores do Metrô de Belo Horizonte querem a manutenção dos empregos de 1.600 concursados e que o governo federal desista da resolução 206, que regulamenta o processo de privatização da Superintendência de Trens Urbanos (STU-BH) da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A empresa administra o metrô na capital mineira. O Sindimetro/MG denuncia que a promessa do governo é de que os postos de trabalho sejam garantidos pelo prazo de apenas um ano após a venda da STU-BH.

A greve da categoria metroviária em Belo Horizonte, iniciada no dia 21 de março, até o momento não teve nenhuma resposta por parte do governo, apenas a direção da empresa é que quis condicionar a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ao fim desta luta, mas foi rechaçada pela categoria já que a greve não tem nada a ver com o ACT, mas com o futuro do emprego de trabalhadoras e trabalhadores concursados. Portanto, não tendo resposta alguma do governo, a categoria decidiu pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado.