Escrito por: CUT/MG
Ana Lúcia Gazzola e APPMG tentam descaracterizar Sindicato como representante dos educadores
Num ato de flagrante discriminação, aliado à tentativa de descaracterizar o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) como representante legítimo da categoria, a secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazola, participou de reunião com diretores de escolas, supervisores e auxiliares de educação básica em Uberlândia, na última segunda-feira (26), para discutir a Lei Complementar número 100. Na visita, a secretária cumpriu agenda particular com a Associação dos Professores Públicos de Minas Gerais (APPMG) no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Não foram convidados outros representantes da categoria, muito menos a direção do Sind-UTE/MG.
A agenda totalmente artificial reafirma o papel “pelego” da APPMG, que se presta ao papel de correia de transmissão do Governo Estadual, sem reivindicações efetivas de melhorias de salário e das condições de trabalho dos educadores. O mais grave: no encontro, a secretária, num teatro mal ensaiado, respondia apenas a perguntas dos participantes previamente selecionadas pela equipe da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Uberlândia.
A reunião teve outros aspectos vergonhosos. A secretária da Educação de Minas deixou sua agenda oficial de Governo em uma segunda-feira, dia em que deveria estar trabalhando para todos os servidores e não somente para uma parcela da categoria. E ela ainda fez várias acusações infundadas ao Sind-UTE/MG, numa estratégia para dividir a categoria. Os participantes não se deixaram enganar e, em várias intervenções, questionaram a situação dos servidores da Educação no Estado.
A fala da secretária Ana Lúcia Gazzola não condiz com ações recentes do governo Anastasia: fechamento de laboratórios nas escolas, demissão de trabalhadores, suspensão férias-prêmio, não pagamento do Piso Nacional e o desmonte o IPSEMG com cobranças impostas pelo governo sem consentimento do Sind-UTE.
O Sind-UTE convocou os servidores para participar da reunião por intermédio do seu site. E dirigentes do Sindicato conseguiram ter acesso ao encontro com convites fornecidos pelos companheiros. Ao ouvir os ataques da secretária contra o Sind-UTE, a coordenadora da entidade em Uberlândia, Elaine Cristina, pediu por várias vezes o direito de resposta, mas não atendida. Os organizadores justificaram a censura alegando que a agenda era particular. O vereador Professor Neivaldo (ex-coordenador do Sind-UTE) fez uma intervenção e esclareceu as pessoas presentes à reunião sobre a situação.
A servidora aposentada Neusa Chagas, no final palestra, desmentiu a carta enviada aos pais pelo Governo e questionou a secretária. A TV Integração gravou uma entrevista com Ana Lúcia Gazzola e, depois, com Neusa Chagas. Neusa se posicionou muito bem e mostrou toda a indignação da categoria em um evento unilateral com intuito de descaracterizar todas as conquistas e luta dos trabalhadores coordenados pelo Sind-UTE.