Escrito por: Sind-UTE/MG

Congresso do Sind-UTE vai pautar as grandes lutas da educação neste ano em Minas

Segundo a coordenadora-geral do Sindicato, Denise Romano, a “a categoria precisa estar unida e fortalecida para enfrentar e derrotar o projeto de desmonte da educação promovido pelo governo Romeu Zema”

Nádia Nicolau – Sind-UTE

Com a presença de mais de 2 mil congressistas, foi aberto neste domingo, dia 29 de janeiro, no Actual Hotel, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o  12º Congresso do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e 24° Congresso dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação.

Com aguerrido espírito de luta, trabalhadoras e trabalhadores em educação sob a coordenação do Sind-UTE/MG se reúnem para uma construção coletiva deste domingo, dia 29 de janeiro, até o dia 1º, quarta-feira.

Serão quatro dias de muitos debates, ampla discussão de temas relevantes da luta da educação pública de Minas Gerais; deliberações sobre a pauta de reivindicações, defesa de resoluções, construção de um amplo calendário de atividades e homenagens  a companheiros e companheiras que nos deixaram, mas cujo legado é imenso e imprescindível.

Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, esse Congresso também irá reafirmar o compromisso de luta do Sindicato diante de tantos e tamanhos desafios. “A categoria precisa estar unida e fortalecida para enfrentar e derrotar o projeto de desmonte da educação promovido pelo governo Romeu Zema”.

ALMG aprova e Zema veta o reajuste do Piso

Em 12 de abril/22, deputadas e deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) formaram maioria e derrubaram o veto do governador Romeu Zema ao projeto de lei que estabelecia a aplicação do reajuste do Piso Salarial dos educadores e educadoras. Com isso, foram mantidos os percentuais adicionais aprovados pela Assembleia de 33,24% para a educação, somando-os aos 10,06% de reajuste concedidos a todo funcionalismo.

Mas o governador não aceitou, não reconheceu o  Piso e ainda recorreu à Justiça numa tentativa de inviabilizar o Sindicato por causa da greve de 32 dias em defesa do Piso. Em maio de 2022, por meio de ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Zema conseguiu bloquear as contas do Sindicato, numa atitude nunca antes vista no Estado. Mesmo diante disso tudo isso, a categoria tem resistido e a realização desse congresso é prova disso.

Vale lembrar que esse é o primeiro grande evento fechado da educação pública depois de o Brasil ser assolado pela pandemia da Covid-19 e que ainda não acabou.  Então será esse o tempo do reencontro e do abraço. Em meio a uma conjuntura tão adversa; com tantos ataques aos interesses coletivos e históricos da classe trabalhadora, a realização desse evento é, ainda, um facho de luz.

O Brasil escolheu, nas últimas eleições, o diálogo e a esperança, mas aqui em Minas ainda teremos de resistir ao autoritarismo e aos ataques à educação e à organização de trabalhadoras e trabalhadores.

Com esse esperançar é que o 12º Congresso do Sind-UTE/MG chega em 2023 propondo um novo olhar sob a educação. “Humanização e Resistência. Não à mercantilização da educação pública de Minas Gerais.”

No primeiro dia do Congresso, houve homenagem à professora e primeira presidenta do Sind-UTE/MG, Rosaura de Magalhães, que faleceu em 1º de agosto de 2020,,  tributo aos que lutam toda vida e o lançamento da Revista CUT/MG, com Jairo Nogueira, que faz uma leitura do des(governo) Zema. Depois, o deputado federal Rogério Correia (PT), a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) e Fátima Silva, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), participaram da Conferência: Conjuntura política e ofensiva neoconservadora na educação.