Escrito por: Sindibel
Shirlene é a terceira profissional de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte a perder a vida por conta do Covid-19
O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) informa com profundo pesar o falecimento da técnica de enfermagem Shirlene Alves dos Santos, de 53 anos. Ela trabalhava no Centro de Saúde Paraúna, na região de Venda Nova e é a 3ª profissional de saúde da PBH a perder a vida por conta da Covid-19.
Além de Shirlene, o novo coronavírus já ceifou as vidas de Gerônimo Batista Pires, que era lotado na UPA Barreiro, José Célio da Silva, do Hospital Odilon Behrens (HOB). Além dos três, morreu nesta semana a técnica de enfermagem Josielle dos Santos, que era terceirizada na UPA Centro Sul. Ao todo, são quatro mortes na Rede SUS-BH. Ao todo, em Belo Horizonte, já são 7 profissionais da enfermagem que perderam a vida nesta pandemia.
Na próxima segunda-feira, dia 17, às 11 horas, faremos um ato em memória de Shirlene, na entrada do Centro de Saúde Paraúna. Os trabalhadores e as trabalhadoras da Saúde farão uma paralisação de 10 minutos às 11h30. Convocamos todos os profissionais de saúde de Belo Horizonte a fazerem a mesma paralização em seus postos de trabalho, em homenagem a Shirlene.
Shirlene fazia parte do grupo de risco por ter diversas comorbidades como hipertensão, asma, diabetes e obesidade, mas não havia sido afastada de suas atividades. Ela trabalhou no dia 7 de agosto, quando sentiu falta de ar e, no dia 8, foi internada na UPA Justinópolis. No dia 9 ela foi transferida para o CTI do Hospital Eduardo de Menezes, onde faleceu às 2 horas desta sexta-feira (14).
Por isso, continuamos lutando para que os profissionais que integram o grupo de risco sejam afastados e para que ocorra a testagem ampla de todos estes trabalhadores.
O corpo de Shirlene foi enterrado nesta sexta, às 16 horas, no Cemitério da Consolação, sendo que antes familiares, colegas e amigos fizeram um ato em sua homenagem na entrada do cemitério.
Lembramos que estes profissionais da enfermagem estão na linha de frente no combate ao coronavírus e colocam as próprias vidas em risco para cuidar da saúde da população em meio à pandemia. Eles são vítimas não só da Covid-19, mas do descaso do poder público. São estes trabalhadores, tão essenciais à vida, que recebem baixos salários, jornadas excessivas de trabalho, um adicional de insalubridade irrisório, restrições de EPI's e falta de proteção e valorização.
Por isso, continuamos lutando! #NenhumaVidaaMenos #NenhumDireitoaMenos