Escrito por: Sindipetro/MG

Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais cobra proteção aos terceirizados

“Não é possível combater a transmissão do coronavírus na Refinaria se os terceirizados não estiverem efetivamente contemplados nas medidas de prevenção”, diz Alexandre Finamori

FUP
Alexandre Finamori França Baptista, da Diretoria Colegiada do Sindicato dos Petroleiros

 

O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) enviou, nesta terça-feira (24), novo ofício à gerência da Regap cobrando medidas para o enfrentamento ao Covid-19.

Além de reiterar os pontos já solicitados e ainda não respondidos pela empresa, o ofício destaca a preocupação em relação aos terceirizados. Os trabalhadores seguem normalmente suas atividades, sem a adoção de restrições ao trabalho presencial e medidas de prevenção no transporte.

De acordo com o diretor Alexandre Finamori, “não é possível combater a transmissão do coronavírus na Refinaria se os terceirizados não estiverem efetivamente contemplados nas medidas de prevenção. Eles são a maior parte dos trabalhadores da unidade”, afirma.

O Sindicato pediu ainda acesso ao estudo de O&M, além de informações acerca de quais tarefas serão suprimidas e/ou remanejadas a partir da redução de número mínimo prevista no documento. O estudo realizado unilateralmente pela empresa, sem a participação do sindicato, está sendo utilizado para justificar redução de número mínimo em algumas ocasiões.

Antecipação de férias
O Sindipetro/MG pediu esclarecimentos sobre a antecipação de férias para funcionários afastados pela empresa por precaução em relação à pandemia. A medida está sendo realizada sem transparência com a representação dos trabalhares. O Sindicato soube do fato nesta terça-feira (24) por meio da categoria. A orientação sindical é que os trabalhadores recusem tal medida.

Alguns avanços
O Sindicato tomou conhecimento de avanços em algumas medidas após pressão da entidade. Foram afastados todos os trabalhadores próprios que compõem o grupo de risco e o console da Gasolina foi transferido para uma casa de controle local.

Embora a empresa tenha desconversado sobre as solicitações feitas pelo Sindicato, e apenas agradecido as “sugestões” do Sindicato por meio de um documento protocolar, as cobranças do Sindipetro/MG estão causando efeito.


Abertura de diálogo

A reunião de segunda-feira (23) demonstrou um primeiro esforço da gestão local em estabelecer canais de diálogo com o Sindicato. Mas o espaço ainda é limitado para a construção de ações negociadas entre a empresa e a representação dos trabalhadores. Por isso, o Sindicato segue pleiteando a participação efetiva no grupo de trabalho da empresa sobre o tema.

O Sindipetro/MG reafirma que está disposto ao diálogo e a continuar cobrando medidas que possam garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores próprios e terceirizados nas unidades da Petrobras.