Escrito por: Sindieletro/MG

Sindieletro/MG repudia e condena corte de horas de trabalhadores na Cemig

É mais um artifício utilizado pela gestão de Romeu Zema na Companhia Energética para enfraquecer a organização da classe trabalhadora e monopolizar as negociações

Taís Ferreira

Em mais uma tentativa de silenciamento e desmonte da prática sindical, a gestão de Romeu Zema na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vem cortando as horas de trabalhadoras e trabalhadores que estão participando das assembleias convocadas pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética (Sindieletro/MG). Seguindo a linha adotada desde 2018, com a eleição do governador atual, trabalhadoras e trabalhadores são pressionados a não participar dos momentos de debate e deliberação. É mais um artifício utilizado pela gestão da Cemig para enfraquecer a organização dos trabalhadores e monopolizar as negociações.

No dia 25 de janeiro de 2023, o Sindieletro/MG encaminhou o ofício 004/2023 para a Cemig repudiando e questionando o corte de horas dos funcionários. No entendimento do Sindicato, é durante a jornada de trabalho que devemos discutir a vida laboral. Não é justo tirar os momentos destinados ao lazer, descanso ou a outros compromissos dos trabalhadores para discutir a situação na Cemig.

Somente no governo de Romeu Zema, uma gestão alinhada ao bolsonarismo – marcado pela truculência e falta de diálogo com a classe trabalhadora e com as entidades representativas –, a organização sindical e os trabalhadores têm sofrido tantos ataques. Ataques essencialmente antidemocráticos, pois visam dificultar a relação entre os eletricitários e, consequentemente, minar as negociações de PLR, ACT e acordos específicos.

É a primeira gestão em 70 anos de história da Cemig que corta as horas dos trabalhadores que participam de assembleias. Vivemos um momento singular, onde apenas encenações são realizadas, e negociações não acontecem de fato. Ameaças e chantagens com a categoria eletricitária se tornaram cotidianas.

Por isso, é ainda mais importante termos momentos de troca, debate e construção coletiva. A gestão da Cemig não vai inibir a organização dos trabalhadores! Lutamos para defender os interesses dos eletricitários e reivindicamos que a gestão não corte as horas das próximas assembleias, que serão realizadas entre 31/1 e 6/2.

Cemig: esse “trem” é nosso!