Escrito por: Sintect/MG
Gestão coloca a vida dos trabalhadores em risco por não fornecer álcool em gel 70% ou sanitizante, máscaras em qualidade e quantidade necessárias, luvas, entre outros itens básicos de segurança e higiene
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares de Minas Gerais (Sintect/MG) vem recebendo denúncias sobre o total descaso e negligência que trabalhadores do Centro de Entrega de Encomendas (CEE) Via Expressa vêm sendo submetidos na unidade de trabalho. A política de “uberização” e sucateamento promovida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), nacionalmente, vem sendo desenvolvida a toque de caixa na unidade.
A Empresa para atender aos interesses do mercado capitalista está transferindo o trabalho dos motoristas próprios para terceirizados, que recebem por produção, seguindo o modelo de empresas internacionais, que não possuem qualquer compromisso com os trabalhadores nem com a população, afetada pela precarização do serviço de correios.
Além disso, a gestão da unidade coloca a vida dos trabalhadores em risco por não fornecer itens básicos de segurança e higiene no local de trabalho, como álcool em gel 70% ou sanitizante, máscaras em qualidade e quantidade necessárias, luvas, entre outros. Os bebedouros da unidade, além de insuficientes, ficam distantes do local onde se organiza o trabalho do setor. Não são disponibilizados copos descartáveis e não é permitida utilização de garrafas de água dentro da área operacional.
O refeitório no momento do horário de almoço fica lotado e não existe uma organização de escala de horários para minimizar a aglomeração no local. As mesas não possuem o distanciamento seguro, desmentindo as alegações feitas pelo preposto da ECT e suas testemunhas na audiência realizada dia 19 de março sobre as condições de trabalho na pandemia de Covid-19. Trabalhadoras estão sendo expostas ao constrangimento de ter que ir atrás, até mesmo, das chaves dos banheiros femininos, sendo que estes permanecem trancados na unidade de trabalho sem qualquer sinalização, ou higienização adequada.
A gestão da unidade, onde possui recentes casos confirmados, de contaminação por coronavírus, em total desrespeito aos protocolos de limpeza da própria empresa, que também foi levianamente mencionado na audiência, não tem promovido limpeza adequada do local. Segundo relatos a poeira na unidade está em estado crítico, e também não é feita desinfecção ou higienização intensiva no setor e nem dos carros ou posições de trabalho em que trabalhadores que se infectaram utilizavam, demonstrando total irresponsabilidade e descaso com a saúde dos trabalhadores.
A direção da unidade também não informa aos trabalhadores sobre os afastamentos por Covid-19 que vêm ocorrendo no setor, ou encaminha os trabalhadores que mantiveram contato com o companheiro infectado para testagem ou acompanhamento médico, da empresa ou de hospitais, pelo contrário, ameaçam os trabalhadores que exigem o encaminhamento para testagem, em completa atitude de assédio sindical.
O CEE Via Expressa foi transferido para o Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE) Contagem, localizado às margens da BR 040 e a 1,5 km (Um quilômetro e meio) de caminhada do ponto de ônibus mais próximo à entrada do setor. O local ainda não oferece opções de alimentação (restaurantes), escala de horário de almoço real ou outras medidas preventivas para que os trabalhadores possam se alimentar sem aglomerar no setor de trabalho ou no refeitório.
O Sintect-MG exige que medidas cabíveis sejam tomadas a fim de regularizar todas as denúncias transmitidas pelos trabalhadores. O sindicato já fez comunicação com a empresa exigindo que a mesma regularize as condições de trabalho da unidade e pedindo abertura de processo administrativo para os gestores que se mantem inertes ou omissos aos casos denunciados pelos obreiros. Não aceitaremos que este cenário de descaso com a vida do trabalhador aconteça dentro das unidades de trabalho. Importante ressaltar que estamos no ponto mais crítico da pandemia do Covid-19 e que todos os problemas das unidades devem ser imediatamente passados para os dirigentes do Sintect-MG que continuam rodando as bases para orientar os trabalhadores e cobrar ações da ECT.
Confira a documento enviado para a empresa em anexo.
A VIDA VALE MAIS QUE O LUCRO!
NÃO À PRIVATIZAÇÃO!
FORA BOLSONARO E TODO O SEU GOVERNO!
Anexo: ct-108-2021---denuncia-condicoes-de-trabalho-cee-via-expressa.pdf