Escrito por: Rogério Hilário, com fotos STIAU
Direção do sindicato CUTista quer ampliar a presença na base, cria Secretaria da Mulher e investirá na inserção social pelo esporte e na qualificação
O principal ponto do plano de ação, aprovado durante do 11º CONTAU, é aumentar a presença do sindicato nas portas das fábricas. Em Uberlândia existem cerca de 30 indústrias do ramo alimentício de médio e grande porte, sendo que a maior delas é a BRS/Sadia, com 8 mil trabalhadores. Os congressistas também aprovaram a criação da Secretaria da Mulher, para prestar orientação às trabalhadoras da categoria nas questões de sindicais e de saúde. Com base em outra resolução, STIAU vai investir recursos oriundos de multas aplicadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) às empresas para a construção de um centro esportivo com escolinhas de futebol, atividades artísticas e esportivas para os filhos dos trabalhadores da categoria. O 11º CONTAU deliberou, ainda, que o sindicato também invista na qualificação profissional dos filiados e dependentes.
Ao falar sobre a conjuntura, o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus, avaliou que a crise econômica mundial afetou o Brasil, principalmente os setores metalúrgicos, sendo que no setor de alimentação, teve impacto pequeno. “Mas a crise nos EUA pode causar uma quebradeira mundial”, alertou.
Ao avaliar os primeiros seis meses do governo Dilma, o presidente da CUT/MG lembrou a luta da CUT e dos sindicatos filiados para conquistar uma política de valorização do salário mínimo até 2015. Ele afirmou, também, que a corrupção no Brasil é uma praga endêmica e que a presidente está combatendo o mal com coragem, principalmente no setor de transportes.
Para Marco Antônio de Jesus, no entanto, criticou as altas taxas de juros e a proposta de reforma trabalhista que está no Congresso Nacional que, segundo ele, não interessa à classe trabalhadora. Ele comentou a queda do dólar, a destinação dos recursos do Pré-Sal, a invasão dos produtos chineses, que prejudica a indústria nacional, a reforma tributária e a Conferência Estadual do Trabalho Decente.
Por fim, o presidente da CUT/MG fez uma avaliação sobre as políticas públicas em Minas Gerais e passou informes sobres os movimentos grevistas no Estado (COPASA, trabalhadores em educação, saúde e segurança pública) e a recusa do governador de pagar o piso dos professores. Comentou ainda sobre a política do governo de Minas de governar sem consultar a Assembléia Legislativa. Comentou sobre a proposta de Piso Salarial Regional de MG da CUT, lembrando que existem estados da federação que já têm um piso regional definido. Sobre a conjuntura nacional e estadual, Marco Antônio de Jesus informou sobre a Plenária Nacional e Estadual da CUT que será realizada em setembro próximo, preparatória para a plenária nacional de outubro.
Osvaldo Teófilo, presidente da FEDETIA, falou sobre a criação da federação e as expectativas para o futuro da entidade. “Com a antiga federação não era possível atingir os objetivos dos sindicatos associados, porque a entidader não dava respaldo para as lutas sindicais. O Ministério do Trabalho já reconheceu a nova federação e a luta atual é para filiar mais sindicatos.”
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Siderlei chamou a atenção também para a campanha de filiação à CUT, dizendo que os sócios de todos os sindicatos filiados também são filiados à Central. “Por isso existe a proposta de uma camiseta unificada para os novos e atuais filiados, com destaque para a CUT.” Siderlei falou também do plano nacional de saúde a ser criado pela CONTAC. Falou sobre o projeto habitacional da CONTAC, que já existe em quatro cidades do Sul e que existem planos para Uberlândia.
Humberto Barros Ferreira, diretor de Finanças do STIAU e secretário de Organização da CUT/MG, divulgou o projeto de construção de casas para os associados do sindicato, que pode ser viabilizado com recursos de ação contra a Sadia por ação antissindical. Humberto falou sobre o reconhecimento mundial da força da CUT e que o STIAU é filiado à Central praticamente desde a sua fundação.
Filiação à CUT
Os associados do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Nanuque, no Vale do Mucuri, vão decidir, em assembleia que começa às 17h30 desta sexta-feira (5), se a entidade se desfiliará da Força Sindical para se filiar à Central Única dos Trabalhadores (CUT). O presidente da CONTAC-CUT, Siderlei Oliveira que vai participar da atividade.
“O processo de criação da FEDETIA é os passos para a regularização que a CONTAC-CUT está dando em todo o Brasil. Já está surtindo efeito com filiação de sindicatos de vários Estados. Mas já está havendo reação. Sofri ataques da federação oficial, ligada à Força Sindical. Disseram que nós não existimos legalmente. Só que, independentemente disso, já conseguimos filiações de várias entidades e, recentemente, trouxemos a Federação do Paraná, com 20 sindicatos, para a CUT. A CONTAC está investindo muito no fortalecimento da Central. Pelo nosso projeto, quando o sindicato se filiar, os associados vão ganhar uma camisa com a marca da CUT em destaque, as logos do sindicato e da CONTAC”, revelou Sinderlei Oliveira.