Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Hoje em Dia e de O Tempo.
Com a decisão, o edital para a venda da participação da União poderá ser publicado, desde que atendidas algumas determinações
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, na tarde desta quarta-feira, 24 de agosto, a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas. Com isso, o edital de concessão do metrô de Belo Horizonte à iniciativa privada poderá ser publicado.
Metroviárias e metroviários acompanharam a votação, em Brasília. Insatisfeitos com o resultado, estão em “greve total” por tempo indeterminado desde a 0h desta quinta-feira (25). Segundo a categoria, não há sequer escala mínima. A posição é dada pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG). Todas as estações de Metrô da capital mineira estão fechadas.
A paralisação já havia sido aprovada em assembleia realizada na segunda-feira (22) caso o parecer do TCU fosse favorável a desestatização da CBH em Belo Horizonte.
“Não terá escala mínima, não terá nada. A única condição de não ter greve era o TCU adiar o julgamento ou votar contrário à privatização”, disse Pablo Henrique, diretor do sindicato. "Nós acompanhamos o julgamento do TCU aqui em Brasília e, como já haviamos deliberado na assembleia realizada na última segunda-feira, a partir de quinta-feira agora não haverá trens rodando. Será uma paralisação total do serviço do Metrô até a realização de uma nova assembleia para deliberação da categoria", afirmou Daniel Glória de Carvalho, presidente do Sindimetro/MG.
Metroviárias e metroviários são contrários à condução do processo de privatização da CBTU no Estado. Segundo eles, a categoria não foi chamada a participar das conversas. Eles também lamentam falta de estabilidade dos empregos.
Neste ano, a categoria paralisou as atividades em Belo Horizonte por 41 dias, a maior grave da história. De acordo com o Sindimetro/MG, a possível privatização do metrô pode causar lesão ao contrato de trabalho e demissão em massa. A STU/BH tem, atualmente, 1,6 mil trabalhadoras e trabalhadores.
Entre os pontos de negociação reivindicados pelos metroviários está o tempo de estabilidade do contrato, que atualmente é de 12 meses, o acordo coletivo para os empregados de transferência para outra superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e as questões com relação ao pagamento do fundo de previdência particular dos funcionários.