Escrito por: Sindifes

Técnico-administrativos da UFMG suspendem a greve e retornam às atividades

Categoria avaliou que o movimento foi importante para dar visibilidade aos cortes na Educação, denunciar a política de desmonte das instituições federais e o descaso com os servidores públicos

Sindifes

Os técnico-administrativos em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em assembleia nesta sexta-feira, dia 24 de junho, na escadaria da Reitoria, aprovaram a suspensão da greve e retorno nesta segunda-feira, dia 27 de junho. A decisão foi tomada após a avaliação de que o movimento paredista foi importante para dar visibilidade aos cortes na Educação, principalmente da UFMG, denunciar a política de desmonte das instituições federais de ensino e o descaso com os servidores públicos, que estão há cinco anos sem reajuste. Porém, devido à falta de iniciativa das demais entidades da base da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) do movimento sindical dos docentes, que não aderiram ao movimento, a Greve não evoluiu para forçar uma negociação salarial com o governo federal.

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), deu os informes do ato que fechou a reitoria na quinta-feira, dia 23. Para ele, a categoria atendeu ao chamado e o ato foi bem sucedido, forçando uma reunião com a reitoria no mesmo dia. “Eu gostaria de exaltar e parabenizar os servidores que participaram do ato, agradecendo em nome do comando de greve e da direção.” 

Na reunião, ficou acordado que a partir da celebração do Termo de Acordo não haverá corte de ponto. “O Termo de Acordo só poderá ser celebrado a partir do término da greve. Uma comissão de negociação entre a reitoria, diretores de unidades e o Sindifes negociará os termos” explicou Rogério. Cristina del Papa, coordenadora licenciada do Sindifes, que esteve presente na reunião com a reitora, como base, esclareceu sobre a reposição das horas não trabalhadas durante a greve e como será o processo de negociação.

Fechamento da Reitoria

Técnico-administrativos em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em greve desde o dia 1º de junho, fecharam o prédio da Reitoria, no campus Pampulha, na madrugada desta quinta-feira, dia 23 de junho. A ação foi uma resposta às ações antidemocráticas da gestão da universidade contra o movimento paredista que defende a instituição lutando contra os cortes orçamentários e por melhores condições de trabalho.

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Rogério Fidelis, explica que alguns diretores de unidades estavam identificando as trabalhadoras e trabalhadores em greve e obrigando-os a voltarem ao trabalho.

“Fechamos a reitoria numa tentativa de diálogo com esta gestão, que no nosso entendimento, está terceirizando para os diretores o cumprimento do nosso acordo, que será ao final da greve. Queremos um acordo geral, para repor as horas sem o constrangimento que os diretores estão fazendo” explica ele.

Trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos da UFMG e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) pedem recomposição salarial emergencial de 19,99%, para amenizar a perda inflacionária dos últimos anos que chega a 40%, e o fim dos cortes dos investimentos em educação pelo governo federal.