Escrito por: Sindipetro/MG
Movimento de trabalhadoras e trabalhadores contou com forte adesão e participação dos funcionários de manutenção de áreas verdes e serviços gerais na refinaria
Trabalhadoras e trabalhadores da Etal, empresa que presta serviços na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), fizeram uma greve de três dias, encerrada no último dia 15 de fevereiro. O movimento dos terceirizados foi fundamental para o fechamento de acordo entre a Etal e os trabalhadores, assim como o fortalecimento da organização da categoria na luta pela melhoria das condições de trabalho.
O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG) tem acompanhado as lutas dos terceirizados da Regap e se solidarizou com o trabalhador da Etal que foi demitido durante as negociações por direitos básicos como EPI´s e alimentação. Nas últimas semanas, o Sindicato levou ao conhecimento da gestão da Regap as denúncias acerca dos desrespeitos cometidos contra os trabalhadores. A informação foi de que o segundo contrato entre a Etal e a Regap está no final e não poderá ser renovado. A gestão da Regap também se reuniu com representantes da empresa.
A greve dos trabalhadores, decidida em assembleia no dia 13 de fevereiro, contou com forte adesão e participação do pessoal de manutenção de áreas verdes e serviços gerais na Regap. O movimento grevista dos terceirizados pressionou a Etal a aceitar a reivindicação de vale-alimentação.
Em sua primeira resposta às reivindicações encaminhadas pelo Sindi-Asseio, sindicato que representa os trabalhadores da empresa, a Etal desconsiderou praticamente toda a pauta dos trabalhadores. Em ofício, argumentou que não estava obrigada a fornecer o tíquete, alegando que os trabalhadores já recebiam a alimentação fornecida no refeitório da refinaria. No entanto, na Convenção Coletiva de Trabalho, assinada pelo sindicato e que abrange outras empreiteiras, o vale-alimentação já é uma conquista da categoria, mesmo para os que utilizam o refeitório na Regap.
“Essa greve foi histórica. Os trabalhadores podem até não terem alcançado todas as reivindicações almejadas, mas com certeza foi uma grande vitória do ponto de vista da organização e da luta dos terceirizados, trabalhadores que, por vivenciarem situações vulneráveis, encontram mais dificuldade no enfrentamento com o patronal para a conquista de direitos”, avalia o diretor do Sindipetro/MG, Guilherme Alves.
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