Escrito por: CUT/MG
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda sua base se unem em manifesto de repúdio aos ataques que a prefeita de Juiz de Fora, Margaria Salomão (PT), vem sofrendo, juntamente com vereadores de cidade da Zona da Mata mineira, que tiveram fotos estampadas em caixões, o que caracteriza potencial ameaça de morte, neste momento em que um governo neofacista e seus apoiadores pregam o extermínio de opositores ou de quem não está de acordo com o que pensam.
As agressões foram motivadas pelas medidas de isolamento social adotadas pela administração da prefeita para defender a vida de cidadãs e cidadãos. Assim como a maioria das cidades brasileiras, Juiz de Fora enfrenta superlotação das UTIs devido ao crescimento dos níveis de contaminação. Os manifestantes reagiram às restrições e defenderam o tratamento precoce.
Quando quase 300 mil famílias choram os seus mortos pela Covid-19 no país, a "ação" foi realizada, claro, pelos apoiadores do governo genocida de Bolsonaro. Não chega a surpreender, mas causa nojo e vergonha a cara de pau e a hipocrisia dessa gente que exige um "tratamento precoce" inexistente e abertura total, enquanto o governo que sustentam é um obstáculo no fornecimento de vacinas, testes e um auxílio emergencial digno para trabalhadores.
Jogam nas costas de Margarida Salomão e de vereadores as consequências da completa inoperância do governo federal em oferecer apoio verdadeiro aos pequenos comerciantes (que esses manifestantes dizem defender), inoperância que não é por acaso, é para garantir os pagamentos aos rentistas que sugam o estado brasileiro.
Este tipo de manifestação não nos intimida. Margarida Salomão tem nossa completa solidariedade pelas medidas que ela, e milhares de prefeitos, foram obrigados a tomar para conter o avanço da pandemia. Ainda mais diante do descaso dos governos federal e estadual com a imposição de medidas necessárias para salvação de milhares de vidas. Seja por não defender, ou obedecer, os protocolos de segurança de saúde e a falta de ações que atrasaram o plano nacional de vacinação. Conduzido, atualmente, apesar da pressão pela situação gravíssima que ameaça milhares de brasileiras e brasileiros, com lentidão, no mínimo, criminosa.
Em Minas Gerais, principalmente, a vacinação está ainda mais lenta por ter como governador Romeu Zema (Novo), um seguidor de Jair Bolsonaro. Zema que no início da quarentena em 2020 incitou carreatas contra o isolamento social, montou um hospital de campanha que não atendeu sequer um paciente com Covid-19. Na sua gestão, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), pelos cortes nos investimentos na saúde, não pôde produzir vacinas e; para piorar ainda mais, os fura-filas, incentivados pelo então secretário estadual de saúde para servir de exemplo, foram vacinados.
Seguiremos firmes na luta por vacina para todos pela SUS, testagem em massa, auxílio emergencial, e principalmente pelo fim do governo Bolsonaro. Nenhum dia a mais para o genocida. O Brasil precisa de respeito à ciência, aos seus representantes comprometidos com a saúde do povo, de vacinação para todas e todos com urgência e auxílio emergencial digno.
A CUT/MG e toda sua base, em parceria com os movimentos sindical, sociais, populares e lideranças políticas, estão solidárias com a prefeita Margarida Salomão e os demais prefeitos e governadores que defendem a vida de brasileiras e brasileiros, diante de um país sem comando.