Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindieletro/MG, O Tempo e EM
Trabalhadoras e trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) iniciaram à 0h desta segunda-feira (29) greve por tempo indeterminado. O movimento foi aprovado em assembleia em todo o Estado por 90% da categoria, que reprovou a proposta apresentada pela direção e está insatisfeita com a gestão da empresa, que prima pelo autoritarismo e a intransigência, seguindo o projeto de desmonte da companhia para facilitar a privatização.
Na tentativa de intimidar a categoria, a direção da Cemig afirmou que efetuará cortes de benefícios de eletricitárias e eletricitários, divulgando uma tabela na qual condiciona certos prazos e pagamentos à aprovação da proposta. A categoria, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Energética em Minas Gerais (Sindieletro/MG), paralisou as atividades para defender a negociação coletiva dos itens sociais e econômicos da pauta de reivindicações dos trabalhadores
Eletricitárias e eletricitários estão em campanha salarial para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a gestão da empresa, indicada por Zema, não negociou a pauta de trabalhadoras e trabalhadores. A contraproposta que apresentou retira direitos da categoria.
De acordo com o Sindieletro/MG, a estatal está sendo desmontada pelo governo para ser privatizada e é alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador, grande parte deles constituída de paulistas.
Além disso, o sindicato questiona privilégios que seriam "garantidos à alta cúpula". Na nota enviada à imprensa, o Sindieletro/MG afirma que apoia a CPI da Cemig e que defende o afastamento do presidente Reynaldo Passanezi Filho até que sejam concluídas as apurações.
O sindicato comunicou à população mineira, também, que serão prestados os serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, nos termos da lei 7.783/89.