Escrito por: Sintect MG
Falta de limpeza nas unidades de trabalho, falta de material de limpeza e higiene pessoal e precarização do plano de saúde motivaram paralização
Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios em Minas Gerais aprovaram, por unanimidade, uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (22/10), devido a falta de limpeza nas unidades de trabalho, a falta de material de limpeza e higiene pessoal e contra a precarização do plano de saúde. A decisão foi tomada em assembleia realizada na terça-feira (21/10).
A categoria disse basta ao descaso da direção da ECT, que não garante o mínimo de limpeza para realização das atividades laborais.
Estamos cansados de trabalhar em unidades sujas, sem limpeza há semanas, em condições insalubres, perigosas e desumanas. Os trabalhadores também exigiram respeito e imediata retomada dos atendimentos suspensos do plano de saúde.
Haverá um ato público na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, a partir de 9h30, na quarta-feira (22/10).
É hora de mostrar nossa força, indignação e unidade! Nenhum direito a menos!
Por respeito, dignidade e condições de trabalho — todos à luta! ✊
SEM LIMPEZA, SEM TRABALHO! SEM SAÚDE, SEM TRABALHO!
Correios sem estrutura, sem higiene e sem respeito!
O SINTECT-MG tem recebido, nos últimos meses, diversas denúncias de situações que envolvem e prejudicam os trabalhadores e trabalhadoras em vários locais de sua base de atuação. A precarização e o desleixo parecem ter se tornado mais uma “ferramenta” aplicada pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), de forma contínua, assim como ocorre com a imposição de diversos manuais que não consideram os efeitos negativos causados. Esses efeitos, por sinal, são devastadores, trazendo inúmeros transtornos e impedindo, em alguns setores, que os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios executem suas atividades diárias.
Recentemente, a empresa determinou o retorno de alguns trabalhadores e trabalhadoras que estavam em regime remoto para seus setores de origem. Porém, ao chegarem, se depararam com locais completamente desmontados, sem nenhuma condição de uso. A ausência de cadeiras e mesas adequadas, além de equipamentos quebrados e sem condições de utilização, escancara a falta de manutenção patrimonial, que está bastante comprometida.
A falta de limpeza e de higiene já se tornou regra dentro dos Correios em diversos setores de trabalho. Entretanto, o que mais chama a atenção é a precariedade do edifício-sede da empresa. No local, nem mesmo recepção existe mais. Os trabalhadores e trabalhadoras do setor administrativo são obrigados a passar por uma verdadeira “via-sacra” para conseguir entrar no prédio, tendo que utilizar outras entradas, onde funcionam unidades distribuidoras (CDDs) lotadas no mesmo espaço. A população usuária também sofre: a agência instalada no prédio encontra-se em estado crítico e precisa de socorro urgente por parte da direção da empresa e dos responsáveis pelo funcionamento, manutenção do prédio e conservação do mobiliário e cadeiras que compõem todo o setor administrativo.