Escrito por: Sindieletro-MG
Jefferson Silva, coordenador-geral do Sindieletro-MG, lembra que tempos de Belini foram de falta de diálogo, precarização, sucateamento, venda de patrimônio e ataques aos direitos dos trabalhadores
Na manhã de segunda-feira (13), a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou a troca do diretor-presidente. Em comunicado “Fato Relevante”, a empresa anunciou que o economista, Reynaldo Passanezi Filho, foi nomeado novo diretor-presidente da Companhia.
Não se esclareceu o motivo da saída do ex-presidente Cledorvino Belini, mas imediatamente ao anúncio da troca de comando da Cemig, pelo governador Romeu Zema, eletricitárias e eletricitários começaram a divulgar nas redes sociais um post com uma análise sobre o perfil de Reynaldo Passanezi Filho, publicada no “Estadão”, de autoria do jornalista Cláudio Marques.
Segundo o jornalista, Reynaldo Passanezi Filho é “O homem dos bilhões”. Desde o início de sua carreira como economista, ele está acostumado a trabalhar com negócios envolvendo somas milionárias e bilionárias. Atuou nas privatizações paulistas, como assessor técnico, em fusões e aquisições de empresas e era CEO na Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (ISA CTEEP) desde 2012.
E, segundo o portal da Fobes/Brasil, a troca de comando na Cemig está relacionada aos planos de privatização do governador Romeu Zema.
O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destaca que a luta contra a privatização da Cemig vai crescer e se fortalecer ainda mais neste ano, sem trégua e em várias frentes de mobilização em busca de apoio. Ou seja, além das ações dos trabalhadores e trabalhadoras contra a privatização, a categoria eletricitária continua na interlocução com a Assembleia Legislativa, prefeitos, vereadores, deputados federais, movimentos sociais e sindicais, entre outras entidades e autoridades, para somar os apoios e fortalecer a luta.
Jefferson Silva lembra que os tempos de Cledorvino Belini na Cemig representaram uma gestão sem diálogo e que muito precarizou as relações trabalhistas, além de promover o maior sucateamento da história da Cemig, com fechamento de localidades, venda de patrimônio da empresa, desativação da usina de Igarapé e ataques aos direitos dos trabalhadores no ACT e no Acordo de PLR.
“A destituição de Belini mostra que o ex-presidente não atendeu a contento os objetivos do governo do Estado, fracassando ao não dar resposta à política privatista. Eles (governo e direção da Cemig) se organizam do lado de lá, para a privatização, mas nós nos organizamos aqui para acirrar a luta contra a venda da empresa”, destaca Jefferson Silva.