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13 de agosto será Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência

CUT, centrais, UNE e movimentos sociais se somam à mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) 

Publicado: 16 Julho, 2019 - 11h58 | Última modificação: 12 Agosto, 2019 - 16h01

Escrito por: Rogério Hilário, com informações da CUT Nacional

Rogério Hilário
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Para ampliar e fortalecer as grandes manifestações que a Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais, UNE e movimentos sociais vêm fazendo desde abril contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019 e cortes na educação, a CUT decidiu se somar à mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) nesta terça-feira, 13 de agostoDia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos. Em Belo Horizonte, o ato terá concentração a partir das 16 horas, na Praça da Assembleia Legislativa.

Sindicatos e entidades CUTistas, filiadas a outras centrais sindicais e dos movimentos sociais, estudantil e populares vão realizar atividades durante todo o dia. Às 16 horas, todas e todos vão se unir na Praça da Assembleia a educadoras e educadores, que, coordenados e organizados pelo Sind-UTE/MG, estarão em greve e participando, desde as 14 horas, de assembleia estadual, no Pátio da ALMG, contra a reforma da Previdência e o Regime de Recuperação Fiscal, proposto no Estado pelo governo de Romeu Zema. Em Uberlândia, o ato começa às 15 horas, na Praça Ismene Mendes e, em Juiz de Fora, a manifestação acontece partir das 17 horas, no Parque Halfeld.

Manifestações e atividades antecederam o Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos. Na terça-feira, 6 de agosto, data em que a Câmara dos Deputados analisou, em segundo turno, a proposta de reforma da Previdência, manifestantes tomaram a Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte. Eles se dirigiram para ato na Praça Sete, onde se uniram aos organizadores do Grito dos Excluídos, que estava sendo lançado no Centro da capital mineira com o tema "Este sistema não vale". O protesto foi convocado por CUT/MG, CTB, Sindifes, Fasubra, Sinpro-MG, Sind-UTE/MG, SindRede-BH, DCE-UFMG, APUBH, UNA e Fenet. Na segunda-feira (5) e na terça-feira (6), as entidades, juntamente com a Frente Brasil Popular, CSP Conlutas, CSB, Força Sindical, Intersindical e NCST panfletaram pela capital e o interior.

A decisão sobre as manifestações por todo país no Dia Nacional de Mobilização foi tomada no dia 15 de julho, em São Paulo, na reunião entre diretores das CUT’s nos Estados e dos Ramos. Os dirigentes também aprovaram um calendário de lutas. Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, ficou claro nos debates durante toda manhã que a pressão e a luta feitas até agora foram importantes para amenizar as maldades do governo de Jair Bolsonaro (PSL) contra a classe trabalhadora, mas a reforma ainda têm pontos muito cruéis e a luta precisa continuar.

 “E para fazer uma grande mobilização no dia 13 é preciso manter o ritmo de pressão nos parlamentares em suas bases, nos municípios onde eles moram e foram eleitos, nos aeroportos e no Congresso Nacional”, reforçou Sérgio. O dirigente disse, ainda, que é preciso continuar intensificando a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência porque é uma ferramenta importante de diálogo com a população.

Segundo Sérgio, nas conversas com a sociedade os dirigentes e militantes não podem dizer apenas que a reforma da Previdência é ruim, tem de dar detalhes, exemplos de como as mudanças podem afetar a vida de cada um.  “Temos que falar com os trabalhadores e as trabalhadoras sobre os pontos que afetam de fato a vida do povo, entre eles, a redução do valor da pensão das viúvas”.

Os diretores e as diretoras das CUT’s nos Estados e nos Ramos definiram o dia 13 de agosto como mobilização nacional, mas estarão de olho e atentos na agenda do Congresso Nacional. Na avaliação deles, há uma disposição dos parlamentares em votar a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro (PSL) entre os dias 5 e 8 de agosto. A reforma precisa ser aprovada pela Câmara em dois turnos, antes de ir para o Senado. Na quarta-feira (10), foi aprovada em primeiro turno. O segundo turno ficou para depois do recesso.

“Estaremos de olho na movimentação em Brasília e prontos para qualquer mobilização contra a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. E até agosto não sairemos das ruas nem das redes pressionando os deputados e deputadas para votar em defesa de uma aposentadoria digna para o povo”, finalizou Sérgio Nobre.

Agenda de mobilização da CUT

19 a 26 de julho: Plenárias para discutir a reforma e mobilização das categorias para o dia 13 de agosto e outras ações contra a PEC que praticamente acaba com a aposentadoria.

29 de julho a 02 de agosto: Semana Nacional de Coleta de Assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência.

05 a 12 de agosto: atividades contra a reforma da Previdência em suas bases, como assembleias nas portas de fábricas, panfletagens, protestos, atos e panfletagens.

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