16ª Plenária Estatutária da CUT Minas aponta os novos desafios do sindicalismo

Entre os dias 29 e 31 de agosto, delegados e delegadas de sindicatos e federações cutistas se reuniram, em Belo Horizonte, para a realização da 16ª Plenária Estatutária da CUT Minas – Celso Amarante (Celsinho), quando debateram a conjuntura política atual e o futuro de trabalhadores e trabalhadoras mineiros.

Com grande participação e representantes de todas as regiões do Estado, a CUT Minas promoveu debates produtivos sobre os novos desafios do sindicalismo e as táticas de resistência contra os ataques da extrema direita em todo o Brasil, sobretudo em Minas Gerais. A taxação dos super-ricos, a isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 mil, o fim da escala 6x1, a luta pela punição aos golpistas e a defesa da soberania nacional foram pautas centrais.

Abertura: histórico e homenagem

Os delegados e delegadas cutistas debateram com importantes figuras da CUT Minas e CUT Brasil. Na abertura realizada na sede da CUT Minas, Jairo Nogueira, atual presidente, esteve ao lado de três ex-presidentes da entidade: Beatriz Cerqueira, deputada estadual; Carlos Calazans, superintendente Regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais; e Marco Antônio de Jesus, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos.

Maria Beatriz de CastroTambém participaram da mesa de abertura a vice-presidenta da CUT Brasil, Juvandia Moreira; o representante da CUT Minas na Direção Nacional, José Celestino (Tino); Ana Carolina Vasconcelos, do Movimento Brasil Popular; e Daniel Allisson, do Levante Popular da Juventude.

O presidente da CUT Minas, Jairo Nogueira, reforçou a importância da luta do movimento sindical. “Faz a diferença a gente estar na rua, é importante fazer esse debate com a população. Precisamos fazer essa organização no Estado inteiro, o movimento sindical tem que ser a referência de diálogo com o povo e de luta por melhores condições para nossos trabalhadores e trabalhadoras, tanto do setor público quanto privado”.

Jairo também destacou a nova realidade do trabalho no país, com o aumento de trabalhadores informais e terceirizados. “Hoje, 42% dos trabalhadores do Brasil estão na informalidade. Dos 58% que restam, 26% são terceirizados e precisamos nos aproximar deles, trazer os jovens para a luta dos trabalhadores”, disse.

Celso Amarante, sindicalista eletricitário falecido em fevereiro deste ano, foi o homenageado da 16ª Plenária. Após um vídeo em homenagem ao companheiro, que foi um dos responsáveis pela conquista da Participação dos Lucros e Resultados para a categoria em todo o país, o diretor do Sindieletro Ronei Cardoso recebeu a placa em nome de sua família. Celso Amarante, presente!

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Sábado: dia de debate e deliberações

O segundo dia de plenária começou às 9h no Sindipetro-MG. O longo dia de trabalho foi marcado por mesas de debate sobre a conjuntura nacional, reforçando os novos desafios impostos às representações da classe trabalhadora. O cenário político no Brasil e em Minas Gerais foi analisado por vieses econômicos, sociais e jurídicos. Outro ponto de atenção foram as novas estratégias de mobilização digital e a urgência de renovação e unificação da atuação nas redes.

Após os trabalhos em grupo, os delegados e delegadas deliberaram sobre a construção do plano de lutas. E depois de muito trabalho, um tempo para relaxar, reconectar e celebrar as vitórias dos sindicalistas. Terminamos o dia dançando e cantando numa grande festa.

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Domingo: eleição de delegados e delegadas

E às 9h do dia seguinte, lá estávamos no terceiro e último dia de evento para finalizar os trabalhos. Foram eleitos 20 delegados e delegadas que participarão da 17ª Plenária Nacional da CUT, a ser realizada de forma híbrida entre os dias 14 e 17 de outubro. Minas Gerais terá 24 representantes (20 eleitos e quatro natos) na discussão nacional.

Além disso, retornou para a direção da CUT Minas Lucimar Martins, agricultora quilombola que passa a ocupar a Secretaria de Combate ao Racismo.

Maria Beatriz de Castro

A 16ª Plenária foi coordenada pela comissão composta pelos diretores Lourdes Aparecida de Jesus (Sind-UTE/MG), Sebastião da Silva Maria (Sindicato dos Bancários de BH e Região), Yara Cristina Batista Diniz (Sind-Saúde Betim), Cristiano Almeida Pereira (Sindipetro/MG) e Clea Rita Moraes Moreira (Sinpro-JF).

Rumo à 17ª Plenária Nacional!

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