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1º de Maio histórico fortalece luta pela libertação de Lula, por direitos e pela

Ato na 42ª Missa do Trabalhador, em Contagem, une movimentos sindical, sociais, populares e Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo

Publicado: 09 Maio, 2018 - 11h55 | Última modificação: 08 Junho, 2018 - 01h44

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região

Com o tema “Resistência contra a retirada de direitos e luta para restabelecer a democracia”, a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), a CTB, sindicatos, federações, confederações CUTistas e as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo se uniram, na manhã desta terça-feira, antes da 42ª Missa do Trabalhador, em um ato histórico de 1º de Maio. A manifestação, realizada na Praça da Cemig, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, foi pautada pelas lutas pela libertação do ex-presidente Lula, contra a reforma trabalhista, o desemprego e a retomada da democracia.

Um dos momentos mais emocionantes do protesto,  que reuniu milhares de pessoas, foi a homenagem ao ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região (Sindimet), Adair Marques de Faria.  Joana D’Arc Gomes, companheira de Adair,  recebeu dois banners do presidente do Sindicato, Geraldo Valgas, com imagens da trajetória do militante e dirigente no sindical, que morreu no dia 6 de abril.

“Sentimos a dor de quem perdeu um dos maiores líderes do movimento sindical, que lutou, durante muitos anos, pelos direitos, conquistas e interesses da classe trabalhadora. Ele sempre vai estar presente em nossos corações, pois foi uma pessoa de garra, de luta. Vamos continuar o seu trabalho. Adair, presente; Adair, presente; Adair, presente sempre”, disse Joana D’Arc Gomes.

Geraldo Valgas lembrou que, neste ano, a data acontece depois de ataques aos direitos da classe trabalhadora que culminaram com o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Este 1º de Maio é, antes de tudo, de resistência e de luta, porque é o primeiro depois da antirreforma trabalhista, que acabou com a CLT, depois de 78 anos da conquista de direitos pela classe trabalhadora. A população mais pobre é que está pagando o preço. Além da flexibilização das leis do trabalho, o número de desempregados só aumenta. O país tem quase 13 milhões de pessoas sem emprego. Na região metropolitana de BH são mais de 400 mil desempregados. Nosso Sindicato comemora os 50 anos da greve de Contagem, a primeira do período da ditadura militar. Estamos juntos, também, pela retomada da democracia e contra a prisão arbitrária do ex-presidente Lula.  Para isso, nosso Sindicato lançou o Comitê Sindical Lula Livre”, afirmou Geraldo Valgas.

Representando a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), a secretária de Comunicação, Rosângela Costa, iniciou sua fala com uma saudação ao ex-presidente Lula. ”Antes de tudo, bom dia, Lula. Estamos em um 1º de Maio histórico de resistência, de luta, em que trabalhadoras e trabalhadores  vêm sendo massacrados por defender seus direitos. Este país tem como tradição um 1º de Maio em que trabalhadoras e trabalhadores protestam contra as injustiças, defendem os seus direitos e lutam contra quem ataca os interesses do povo.  A Central Única dos Trabalhadores, as centrais sindicais, os movimentos populares, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo convocam a sociedade para se unir à classe trabalhadora e exigir a libertação do ex-presidente Lula e que a igualdade, nossos direitos e a democracia sejam respeitados. Temos que ter uma só palavra de ordem: Fora, Temer, contra este governo que agride a classe trabalhadora. A sociedade tem que estar unida para fortalecer a luta contra o golpe. Fora, Temer; Lula Livre; Lula presidente”, disse Rosângela Costa.

Durante  ato que antecedeu a celebração da 42ª Missa do Trabalhador dirigentes de outras entidades se manifestaram. “Há mais de 2 mil anos que as elites perseguem os mais pobres, os menos abastados. Os ataques vêm aumentando. Mataram Marielle, atiraram na caravana do Lula e no acampamento Lula Livre em Curitiba. Mas vamos seguir na resistência. Nossa luta continua. Lula Livre, Marielle vive”, discursou Wander Meira Pereira, secretário-geral do Sindieletro-MG.

“O golpe afetou brasileiras e brasileiros e diminuiu direitos em todos os setores, tanto do serviço público, quanto do privado. Nós, servidores públicos, fomos duramente atingidos. Não há mais concursos públicos e, sim, terceirização, com condições precárias, salários mais baixos. Alguém ganha com isso e o golpe foi construído com quem lucra com essa situação. Um golpe que tem participação do Legislativo, do Judiciário e, essencialmente, da grande mídia. Ela tem contribuído decisivamente para a consolidação do golpe, articulado, profundamente, contra os interesses da classe trabalhadora. No dia de São José Operário, estamos aqui para fazer essa denúncia”, afirmou Rogério Mamão Gouveia, representante do Sindsep.

“Com trabalhadoras e trabalhadores em educação do Estado de Minas Gerais não tem sido diferente. Também sofremos ataques em nossas lutas pela carreira e pelo piso nacional. Depois de dez anos de luta, sentimos desde 2016 os ataques sobre nossos interesses, com a retirada, a cada dia, de um dos nossos direitos. Mas mantemos a resistência e a esperança de construir uma sociedade mais justa. Não adianta aprisionar uma pessoa. Não vão tirar de nós a resistência, a esperança, os sonhos”, disse Patrícia Pereira, do Sind-UTE/MG.

“Estamos em um 1º de Maio histórico em Contagem. Vivemos num estado de exceção em que há o desmonte de um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, que são os Correios. As cartas não chegam às casas das pessoas todos os dias, por determinação dos golpistas, que querem sucatear a empresa para justificar a privatização. A intenção é entregar a maior empresa pública brasileira para a iniciativa privada. Por isso precisamos fortalecer a nossa luta com a unidade de todas as categorias. Vamos realizar, no dia 7 de maio, uma assembleia unificada para debater a privatização, o serviço público e a situação dos desempregados de todos os setores”, afirmou Robson Gomes da Silva, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-MG).

“Hoje é um dia de luta, do trabalho, não de festejar. Festejar o quê? Vivemos uma farsa de governo com Temer. Tive o desprazer de ouvir o pronunciamento dele, ontem à noite. Me deu nojo. A Petrobras está sendo vendida. Estão vendendo duas refinarias no Nordeste e, em breve, vão vender a Gabriel Passos, de Betim. Já estão privatizando as usinas na Eletrobrás. Não podemos admitir isso. Lula Livre”, disse Cristiano Almada, do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-MG).

Unidade na Zona da Mata

A CUT Regional Zona da Mata,  juntamente com as Centrais Sindicais CSB, CTB, Força Sindical e seus sindicatos filiados, movimentos sociais, Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), Mandato do vereador Betão, Mandato da deputada Margarida Salomão, Mandato do deputado Andre Quintão, Frente Brasil Popular; PCB, PCdoB, Liga Socialista, Movimentos Sociais, União da Juventude Comunista, Sind-UTE/MG, Secretaria Estadual dos Direitos Humanos, Dialogo e Ação Petista, Coletivo CUTista das Trabalhadores e dos Trabalhadores  com Deficiência, entre outros, promoveram um grande ato em defesa da democracia e do direito de Lula ser Presidente.

A manifestação aconteceu na histórica Praça do bairro Santa Luzia, em Juiz de Fora, quando vários companheiros e companheiras e camaradas fizeram uma intervenção apoiando esta grande  Unidade em defesa do Estado de Direito Democrático e em defesa da Classe Trabalhadora. O ato começou às 10 horas e se encerrou às 12h30.

Agostinho Valente expoente das lutas e da fundação do Partido em JF, juntamente com o Secretario Estadual dos Direitos Humanos Biel e Agnaldo lembraram da importância da Praça de Sta. Luzia e o Palco, que outrora fora quando aqui recebeu vários nomes expressivos do Movimento de Trabalhadores e do Partido dos Trabalhadores, pontuou a importância da Unidade em defesa dos direitos trabalhista e em defesa da liberdade de Lula bem como do direito de Lula ser candidato.

O camarada Pedro e a camarada Raquel defenderam a Unidade e o direito de Lula ser candidato, deixando claro que o posicionamento é no sentido de defender a democracia e a justiça, precisamos desta unidade para vencermos a ditadura golpista e escravocrata que retira direitos e conquistas da classe trabalhadora.

Cristina do PCdoB  seguindo a linha da defesa da liberdade de Lula e o direito de ser candidato,  chamou  uma resistência para vencermos o golpe.

Péricles, da Liga Socialista, falou da importância da unidade e deixou com muita clareza que as alianças são nocivas aos nossos interesses e que devam ser descartadas, não podemos fazer alianças com golpistas, a experiência foi pedagógica recomendando que não deva ser repetida.

A CUT Regional se manifestou por seu presidente interino Reginaldo dos Correios (SINTECT/JFA)  justificando a falta do titular ( Watoira) que esta afastado por questões de saúde, bem como de outros nomes que não puderam estar presentes.

O Coletivo de Trabalhadores se manifestou chamando a uma reflexão e a importância do momento. O Sind-UTE/MG, representado pela companheira veterana Maria Elisa e as companheiras Nivalda e Raimunda também deixaram suas posições de apoio a Unidade e a disposição para ampliar esta mobilização.

Vanilson da CSB  também usou a palavra exaltando a mobilização e colocando o Sindicato e mesmo a Central a disposição para outras frentes de lutas. 

Cida Oliveira (Sinpro) encerrou as falas pela CUT Nacional, externou a satisfação do evento e cobrou maior participação de todos e todas as atividades promovidas pela Central e Movimentos Sociais.

Superamos as dificuldades e deixamos claro que a Resistência é a arma para avançarmos em conquistas e direitos. Agradecemos em nome desta UNIDADE  aos que nos ajudaram, o mestre Janilson com seu grupo de carate e a diretoria do Olaria que ao saber que estávamos sendo  proibidos de fazermos nosso ato na Praça prontamente cedeu o Clube Olaria para o evento, Marcio nos agradecemos a disposição.

Mas resistimos ao capricho da direita enlouquecida e usamos a Praça do Povo, nossa autorização foi o título de cidadania que ainda detemos e nos garante que as ruas e Praças  pertence a nós trabalhadores e trabalhadoras por sermos produtores e sustentáculo da republica e não a uma elite burguesa, capitalista e entreguista.