24 anos da privatização da Vale: Um dos maiores crimes cometidos contra o Brasil
Publicado: 06 Maio, 2021 - 19h35
Escrito por: CUT/MG

No dia 6 de maio de 1997, o governo Fernando Henrique Cardoso leiloava a principal empresa estratégica brasileira, a Companhia Vale do Rio Doce. A estatal foi vendida por apenas R$ 3,3 bilhões, sendo que somente as suas reservas minerais eram calculadas em mais de R$ 100 bilhões à época.
A entrega da Vale não se deu sem resistência e luta por parte das organizações dos trabalhadores brasileiros. Dias antes da realização do leilão, cerca de 1.500 trabalhadores se manifestaram em Ouro Preto (MG), com a participação da CUT Minas, durante a entrega da Medalha da Inconfidência.
Em Brasília, movimentos sociais como o @movimentosemterra e parlamentares se mobilizaram contra a venda da Vale. No Rio de Janeiro, onde foi realizado o leilão, manifestantes se reuniram em frente à Bolsa de Valores e sofreram com a repressão policial. O mineiro @kerisonlopes, então presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (@ubesoficial), foi agredido pela Polícia Militar.
Após mais de duas décadas, os prejuízos da privatização são claros: exploração mineral sem relação com as estratégias de desenvolvimento nacional e local; transferência do lucro para acionistas, sobretudo de fora do Brasil; crescimento da terceirização e do trabalho precário, inclusive com trabalho análogo à escravidão na cadeia produtiva; e ampliação da degradação ambiental e dos crimes ambientais, como os rompimentos das barragens da companhia em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.
O resultado da privatização da Vale não pode ser repetido com outras estatais tão importantes para o desenvolvimento e a soberania do nosso país, como Petrobrás, Eletrobrás, Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além daquelas que atendem o povo mineiro, como Cemig, Copasa, Gasmig e Ceasa Minas.
Seguiremos na luta contra a privatização do patrimônio brasileiro!
#NãoDeixemVenderOBrasil
#PrivatizarFazMalAoBrasil
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