Assembleia aponta luta como única saída para metroviárias e metroviários
Categoria vem sofrendo ataques da MetrôBH. Empresa se recusa a negociar ACT e quer retirar todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho
Publicado: 19 Junho, 2023 - 14h10 | Última modificação: 20 Junho, 2023 - 09h15
Escrito por: Rogério Hilário | Editado por: Rogério Hilário
Metroviárias e metroviários, em assembleia realizada na última quinta-feira, 15 de junho, concluíram que, diante dos ataques que vêm sofrendo da empresa Comporte, a saída para a categoria será a luta. A atividade, coordenada pelo Sindicato dos Empregados dos Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG), foi realizada na Estação Central.
Segundo da diretoria do Sindimetro/MG, a gestão da empresa, que assumiu o controle da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais, que agora é denominada MetrôBH, se recusa a negociar com a entidade o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e quer retirar todas as cláusulas que existem, e são conquistas históricas de metroviárias e metroviários, da Convenção Coletiva. O sindicato vem tentando fechar um ACT e a empresa tem se negado sempre a abrir negociação. A categoria volta a se reunir em assembleia na próxima terça-feira, 27 de junho.
Abusos
Os empregados da MetrôBH estão enfrentando problemas com a falta do transporte noturno entre a Estação Eldorado/Pátio Eldorado e Estação São Gabriel/Pátio São Gabriel. Ao retirar as conduções que faziam esses trajetos, a empresa trouxe insegurança e transtornos aos trabalhadores e, principalmente, às trabalhadoras, devido ao horário de entrada e saída do serviço. Corte de ponto é uma das medidas adotadas pela empresa. A sequência de assédio moral sobre os metroviários cria instabilidade emocional e psicológica, gerando inúmeros casos de depressão, tentativas de suicídio, alcoolismo e dependência química.
Com objetivo no lucro, em detrimento à saúde do trabalhador, foi cortada, do salário, a periculosidade dos metroviários que trabalham em áreas de risco sem apresentação de laudo técnico que justifique o corte. Além desse pacote de horrores, falta estrutura nas áreas da Saúde Ocupacional e Assistência Social.
O Sindimetro/MG está lutando para garantir um Acordo Coletivo de Trabalho que seja o mais próximo possível do vigente por meio de anos de luta da categoria.