Atingidos pelo crime da Vale apresentam reivindicações para empresa
Em assembleia, moradores cobram resposta de uma pauta emergencial exigida pela Comunidade de Parque das Cachoeiras
Publicado: 06 Fevereiro, 2019 - 12h46
Escrito por: MAB
Comunidade Parque das Cachoeiras se reuniu na terça-feira (5), em assembleia com moradores e membros de órgãos públicos, como defensoria e ministérios públicos estaduais e federais, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e representantes da Vale.
Os atingidos cobram da Vale resposta de uma pauta emergencial exigida pela comunidade em reunião no domingo (3). A propostas debatidas foram de apoio financeiro emergencial inicial e mensal para os custos das famílias até que a situação de trabalho e vida se estabilizem.
Representante da Vale na região afirmou que a empresa "precisa de mais informações sobre as pessoas afetadas pela lama para a empresa avaliar os pedidos". O Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB aponta que neste momento a Vale não deve realizar cadastramento das famílias que apontem as perdas após o crime, posicionamento apoioado pelo Ministério Público Estadual e Defensoria Pública.
Tal definição já foi tomada judicialmente no dia 28 de janeiro, proibindo a empresa criminosa de realizar tal cadastramento. Os atingidos ficaram exaltados pela falta de respostas e pediram urgência aos orgão públicos para cobrar as repostas.
Ao fim, a comissão apresentou nova proposta. Assessoria técnica especializada e independente, 1 salário mínimo por atingido, 50% por adolescente, 25% por criança e dependente + o valor da cesta básica.
A exigência da comunidade foi descrita em um documento que se chama TAP - Termo de acordo preliminar. Ele foi construído pelos Ministérios Públicos estadual e federal, Defensoria Pública, MAB, comissões de atingidos e Advocacia Geral do Estado. Nova audiência às 14 horas desta quarta-feira (6) debate o documento.