Ato no Dia de Tiradentes fortalece a luta de educadoras e educadores pelo piso
Sind-UTE/MG coordena manifestação em Ouro Preto. CUT/MG, representantes dos movimentos sindical e sociais, do governo federal e parlamentares reafirmam o apoio às lutas da categoria no enfrentamento com Zema
Publicado: 21 Abril, 2023 - 19h38 | Última modificação: 24 Abril, 2023 - 16h11
Escrito por: Rogério Hilário com informações do Sind-UTE/MG | Editado por: Rogério Hilário
A luta e a voz de trabalhadoras e trabalhadores em educação de Minas Gerais pelo pagamento do Piso Salarial Nacional ecoaram nesta sexta-feira, 21 de abril, Dia de Tiradentes, em Ouro Preto.
Sob coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), educadoras e educadores de várias regiões do Estado marcaram presença na terra onde se respira liberdade.
“Estamos aqui novamente para dizer que educadoras e educadores levantam a voz em defesa de uma educação pública de qualidade social. Que cobramos e exigimos do governo Zema o pagamento do Piso Salarial conforme determina a lei”, afirma a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano.
Ela ressalta a importância da pressão da categoria, o que forçou o governo a anunciar, na quinta-feira (20), que vai enviar projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com o reajuste proporcional do Piso até junho próximo.
O Sind-UTE/MG destaca a necessidade de continuar a pressão para forçar o governo a enviar o PL o mais rápido possível à ALMG e, neste sentido, reforça a pauta da Confederação Nacional da Educação (CNTE) de paralisação nacional no próximo dia 26. Em Minas Gerais, o Sindicato participa, às 9h30, de audiência pública na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia. Às 14 horas fará ato público no Pátio da Assembleia Legislativa (ALMG).
A manifestação da educação aconteceu na Praça da Rodoviária e teve, entre outras pautas, a luta pelo pagamento do Piso Salarial Nacional. O protesto contou com a participação do presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Jairo Nogueira Filho, representantes de outras entidades do movimento sindical, dos movimentos sociais, do governo federal – Carlos Calazans, superintendente Regional de Trabalho e Emprego, recém-empossado -, e da deputada estadual Beatriz Cerqueira, do deputado estadual Leleco Pimentel, da deputa estadual Bella Gonçalves, da vereadora de Contagem Moara Saboia, do vereador por por Ouro Preto Kuruzu e do deputado federal Rogério Correia.
O ato também foi um protesto contra o projeto de governo de Romeu Zema, que não paga o Piso Salarial da Educação, mas aumentou seu salário em quase 300%. E uma manifestação de repúdio às condecorações de Michel Temer e Sérgio Moro pelo governo de Minas, uma ofensa à Inconfidência Mineira, aos inconfidentes e ao povo mineiro.
Sind-UTE/MG, demais entidades e parlamentares incorporaram ao Ato a luta contra a privatização da água, pauta dos movimentos sociais e populares de Ouro Preto, que estão no enfrentamento com a empresa Saneouro, acusada de oferecer um serviço de má qualidade e cobrar tarifas exorbitantes.
Então vice-presidente, Michel Temer foi um dos articuladores do golpe que resultou no impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Na Presidência, criou o teto de gestos para saúde e educação. Na sua gestão, foi aprovada a Reforma Trabalhista e outros pacotes de maldades que prejudicaram a classe trabalhadora e todo o povo brasileiro.
Além disso, Temer nunca fez qualquer gesto de deferência a Minas Gerais ou nomeou algum ministro mineiro. Durante sua gestão, em 2017, o governo federal não renovou as concessões das quatro maiores usinas construídas pela Cemig: São Simão, Miranda, Jaraguá e Volta Grande. As quatro juntas representavam 50% da capacidade de produção da estatal mineira, as usinas foram adquiridas por estatais chinesa, francesa e Italiana.
Já o ex-juiz Sérgio Moro, um dos responsáveis diretos pela eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, violou direitos políticos e usou a operação lava jato para beneficiar amigos.
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