Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e movimentos negros repudiam racismo
Ato público na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte, marca o Dia Nacional da Consciência Negra
Publicado: 19 Novembro, 2018 - 11h24 | Última modificação: 22 Novembro, 2018 - 11h06
Escrito por: Taciana Dutra - Frente Brasil Popular
Na terça-feira, 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, aconteceu em Belo Horizonte, na Praça Sete, uma atividade organizada pelas frentes - Brasil Popular e Povo sem Medo, e movimentos negros: Cenarab, Conen, Abafro, APN’s, Unegro, Movimento Negro Unificado e Secretaria de Combate ao racismo do PT.
Com o objetivo de conversar com a população e despertar a conscientização, militantes e dirigentes dos movimentos fizeram panfletagem e distribuição de jornal Brasil de fato, abordando assuntos que hoje se consolidaram como sérias ameaças à população negra do país, mediante a liberação do ódio, racismo, machismo e intolerância religiosa, estimuladas pelo novo quadro político eleitoral.
A população negra se encontra na linha de frente da intolerância e violência que acomete toda a classe trabalhadora, bastando uma rápida análise das estatísticas de moradia, mortes por assassinatos, ocupação de cargos profissionais e outros dados referentes a desenvolvimento humano, para saber onde esses povos se encontram nos dias atuais, conduzidos pela história desde a colonização com escravidão e libertação com inexistência de plano de inserção social. Heróis negros e negras foram rememorados nas conversas, mostrando a importância da ancestralidade à história.
A chuva forte abreviou a programação, tornando impossível a realização do Ato político e apresentação das Cia Motumbá e banda Afoxé Bandarerê. Porém, ainda assim, as atividades foram muito válidas, o diálogo encontrou apoio de parte da população, que não tolera e não elegeu o ódio como orientação política na solução dos conflitos pessoais e sociais.
Representantes dos povos que no decorrer da história sobreviveram às mais diversas formas de violência, da escravidão ao encarceramento orientado pela cor da pele, que têm nessa história a mais legítima tradução de resistência, estão organizados e unidos, e não se calarão.
Hoje, e desde sempre, têm muito a ensinar ao povo brasileiro.
Zumbi e Dandara vivem!
Por Marielle, Moa do Catendê, Cláudia e Amarildo!
Contra o racismo!
Contra o genocídio da juventude negra!
Pela diversidade religiosa!
Pela Democracia!
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