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Ato "Volta, Querida - Foi golpe" toma as ruas de Belo Horizonte

Manifestação da Ocupação Mata Machado e da Frente Brasil Popular denuncia golpe e defende a democracia e os direitos sociais

Publicado: 27 Maio, 2016 - 11h35

Escrito por: Rogério Hilário, com informações da Frente Brasil Popular Minas e Jornalistas Livres

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Milhares de pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte, na noite de quarta-feira (25), para mais um ato contra o governo ilegítimo de Michel Temer, contra o golpe, em defesa a democracia e os direitos sociais. A manifestação “Volta, Dilma – Foi golpe” começou com concentração na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito e Ciências do Estado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde estudantes fazem a Ocupação Mata Machado, seguida de falas de representantes dos movimentos sindical, sociais, populares, estudantis e lideranças políticas. Depois, os manifestantes saíram em caminhada até a porta do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), onde encerraram o protesto. E menos de uma semana, foi a terceira mobilização “Fora, Temer” em Belo Horizonte. O próximo grande ato está programado para 10 de junho, Dia Nacional de Mobilização.

Na noite de quarta-feira (25), mobilizados pela Ocupação Mata Machado e pela Frente Brasil Popular Minas Gerais, os manifestantes pediram a volta da presidenta Dilma Rouseff ao cargo e foram inspirados pela publicação de gravações do senador Romero Jucá (PMDB). No áudio, feito dias antes da aprovação do processo de Impeachment, Jucá descreve um "pacto", envolvendo o Judiciário, o Legislativo, a Imprensa e os Militares para a retirada da presidenta e para barrar avanços na Operação Lava Jato. É demonstrado no diálogo entre o Senador e Sérgio Machado, a articulação de um golpe de estado para frear investigações de corrupção entre altas figuras da política nacional.

Durante o ato, inúmeros atos do governo do presidente em exercício Michel Temer foram criticados, dentre eles o ministério sem mulheres, cortes no Sistema Único de Saúde (SUS), cortes nos investimentos em projetos sociais. Representantes da Ocupação da Funarte e da Ocupação Mata Machado afirmaram que só sairão quando Michel Temer "cair".

Em frente ao TJMG, o deputado estadual Rogério Correia (PT) fez apelo ao Judiciário para que se sensibilize com a causa dos sem terra e agricultores familiares, que são responsáveis por 70 % do alimento que chega a mesa dos brasileiros. Citou a necessidade de agilizar processos em andamento de reforma agrária para que eles possam trabalhar e garantir a segurança alimentar.

O parlamentar do PT denunciou a tentativa de golpe também em Minas Gerais, por parte de setores conservadores do Estado. E afirmou: "O governo Temer vai acabar e vai ser nas ruas! Que o STF tenha vergonha e agora, às claras, com escuta telefônica, que coloca Jucá, Aécio, Cunha, Renan, todos a mostra, como os verdadeiros golpistas nesse processo."

Gilse Cosenza, militante do movimento estudantil durante a ditadura militar, se emocionou co o ato "Volta, Querida – Foi golpe!". “Quando vejo estudantes na rua, lembro que fizemos passeata e a polícia descendo cacete na gente. Nos refugiamos na escola e nossos pais, parentes, foram para a porta. Polícia da ditadura disse que só deixavam mulheres saírem. Fizemos Assembleia e dissemos a eles: foi-se o tempo em que as mulheres ficavam em redomas de cristal. E lá permanecemos. Não desistimos e lutamos na prisão, na clandestinidade e, depois, eu passei a presidenta da União Brasileira Mulheres, onde continuamos a lutar pelas trabalhadoras e trabalhadores. Enquanto eu estiver de pé, estarei lutando pelos direitos do povo, com minhas filhas e netas. Nenhum direito a menos!".

Participaram do ato militantes e dirigentes da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), no Sindipetro-MG, FUP, dos movimentos CONEN, UJS Beagá, UNE, UEE Minas Gerais, PT, PCdoB, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), MST,  Comissão Nacional de Blogueiros e do FNDC - Minas Gerais, entre outras entidades.

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