Audiência vai discutir risco de terceirização do Samu na RMBH
Audiência convocada pelo Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS) é um cumprimento ao Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais
Publicado: 31 Julho, 2013 - 16h52
Escrito por: Sind-Saúde/MG
Os questionamentos, dúvidas e criticas sobre o recém-criado consórcio entre municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) poderão ser feitos durante a audiência que debaterá o tema às 9h desta quinta-feira (1º), na rua Rio de Janeiro, 471, 24º andar, na Região Central da capital mineira. Essa é a expectativa do Sind-Saúde/MG e Núcleo Regional Betim que solicitaram a intermediação do Ministério Público nesse convênio entre as prefeituras. O risco que o Sindicato alerta é sobre a terceirização, a manutenção da qualidade do serviço e da valorização dos servidores.
A audiência convocada pelo Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS) é um cumprimento ao Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais, através da promotoria de Justiça e de Defesa da Saúde de Belo Horizonte.
O Sind-Saúde/MG também questiona a constitucionalidade da intervenção no Samu. o que está acontecendo é que o CIAS foi concebido em uma perspectiva de prestar serviços de saúde e o que ele está fazendo nesse momento é substituindo o serviço já existente do Samu O CIAS irá substituir a regulação que já existem em Belo Horizonte e Contagem e vai criar uma única regulação de toda a região Macrocentro de Belo Horizonte.
Os trabalhadores do Samu de Belo Horizonte, Betim e Contagem foram surpreendidos por um edital de processo seletivo simplificado feito pela Fundep para o Samu dessas cidades e de mais cidades da Região chamada “Macrocentro”. Os trabalhadores procuram informações sobre o que significa esse edital e juntamente com o Sindicato tem procurado outras informações corretas sobre o CIAS e sobre o futuro do Samu.
Vejam outros pontos que o Sind-Saúde e demais sindicatos questionam:
O Samu pode não chegar a tempo para atender as pessoas, uma vez que terão que atender a uma grande extensão territorial e, com o transito da cidade cada dia mais caótico, essa tarefa torna-se praticamente impossível;
Hoje, o Samu conta com servidores concursados e bastante capacitados para o atendimento rápido e eficiente à população. Com a nova gestão, o treinamento dos novos profissionais poderá ser comprometido;
Os salários praticados pelo consórcio serão bem menores e com uma carga horária ainda maior. O que acarreta em enormes perdas para os trabalhadores;
O Samu pode deixar de ser uma política pública, uma conquista para a população e não podemos permitir que isto aconteça.