Auditores fiscais do trabalho de Minas Gerais rejeitam proposta do governo
Categoria, em estado permanente de mobilização, reivindica 27,3%, melhores condições de trabalho e recomposição do quadro, com concurso público
Publicado: 07 Julho, 2015 - 12h28
Escrito por: Rogério Hilário
Auditores fiscais do trabalho de Minas Gerais, em campanha salarial e mesa de negociação conjunta com servidoras e servidores da Receita Federal, rejeitaram a proposta de 21,03%, divididos em quatro vezes até 2019, de reajuste salarial feita pelo governo em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (7) na Superintendência Regional (SRTE-MG), no Centro de Belo Horizonte. A decisão vai ser comunicada em reunião na tarde desta terça-feira no Ministério do Planejamento, em Brasília. A categoria reivindica 27,3% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, recomposição do quadro de auditores e da administração, com concurso público.
Em estado permanente de mobilização, auditores fiscais do trabalho realizada, antes da assembleia geral, manifestação em frente à SRTE-MG. Animados por uma banda e carregando um caixão, eles fizeram uma passeata pela rua Tamoios e distribuíram panfletos para a população.
“O que o governo oferece não repõe a inflação e, ainda por cima, a primeira parcela do reajuste só está prevista para 2016”, afirmou Athos Vasconcelos, do Comando Local de Mobilização. Segundo ele, o quadro de auditores fiscais do trabalho no Brasil e, principalmente, em Minas Gerais é insuficiente para atender às demandas e garantir a proteção dos direitos de trabalhadoras e trabalhadores. “Somos 250 auditores e as denúncias chegam a mais de 30 por dia. Além disso, nossas condições de trabalho são precárias, em prédios sucateados, onde até falta água”, acrescentou. Segundo denúncias feitas em panfleto distribuído à população, durante a mobilização, falta carro, gasolina e instalações adequadas.
As principais reivindicações da categoria são as seguintes:
- melhores condições de trabalho;
- recomposição das perdas salariais decorrentes da inflação;
- fortalecimento da Auditoria Fiscal do Trabalho (fim das interferências políticas e aprovação da Lei Orgânica do Fisco);
- realização imediata de concurso público para recompor o quadro de auditores.