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Com reajuste de 14,95%, magistério de JF acumula aumento real inédito

Publicado: 04 Maio, 2023 - 16h02

Escrito por: Sinpro-JF | Editado por: Rogério Hilário

Sinpro-JF
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Em dia de paralisação com 89% de adesão, o magistério municipal de Juiz de Fora deliberou, no dia 26 de abril, pela aprovação da proposta econômica construída em mesa de negociação com a prefeitura. Educadoras e educadores reivindicaram a aplicação do reajuste do Piso Nacional, definido em 14,95% pela legislação, e o pagamento da parte remanescente do retroativo de 2022. Na avaliação da categoria, a proposta econômica contempla as demandas do magistério.

Com acordo firmado, a PJF vai reajustar em 14,95% os salários de todos os educadores na folha de pagamento de maio. Isso significa que, a partir de junho, todos os educadores receberão as remunerações já com o acréscimo. 

Dessa forma, nossa categoria (professores, coordenadores, secretários, efetivos e contratados, em todos os níveis da carreira, ativos e inativos), em menos de dois anos, acumulará um reajuste inédito de mais de 53%.

O magistério celebrou uma vitória maiúscula. Juiz de Fora segue sendo um dos poucos municípios do país a cumprir a Lei do Piso Nacional.

O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) lembrou que todo reajuste salarial tem reflexo no 13º, nas férias, nos adicionais, nos triênios, nas futuras aposentadorias etc. Portanto, conceder esse acréscimo ao salário mensal é a melhor forma de valorizar uma categoria profissional.

A parte que restou ser paga do retroativo do ano passado será quitada em parcela única em dezembro desse ano para ativos e em fevereiro de 2024 para inativos. O retroativo de 2023, referente ao período de janeiro a abril, será acertado em março e abril de 2024.

A categoria avaliou que a conquista dos retroativos é importante, tendo em vista ainda o cenário econômico desfavorável. O retroativo é uma consequência do reajuste salarial.

Durante a assembleia, educadoras e educadores recordaram que, antes de 2021, o pagamento do retroativo era constantemente negado. Assim como o ganho real, isto é, o aumento acima da inflação.

Após intervenção do sindicato, a prefeitura se comprometeu a realizar reunião bimestral, com a apresentação da evolução das despesas do município, para avaliar a possibilidade de antecipação do pagamento da parte remanescente do retroativo de 2022 dos aposentados.

Além de equiparar o valor do AIM, entre aposentados e ativos, a PJF também afirmou que será analisada a possibilidade de concessão de bonificação, de valor equivalente à ACVM, para os inativos a partir do próximo ano.

Na assembleia, os educadores também aprovaram o conteúdo de um ofício a ser enviado a Administração com a reivindicação da retomada imediata das reuniões para tratar dos demais pontos da pauta de reivindicações.

O sindicato elencou questões urgentes como: a garantia das férias dos temporários no mês de julho; seleção competitiva interna e redução de carga horária dos secretários; adequação, como hora-extra, do pagamento da complementação de carga horária; envio de projeto de lei que obrigue a realização de concurso público sempre que forem constatadas 10% de vagas.

“Há muita luta pela frente, mas é fundamental reconhecermos os importantes passos que demos, unidos, nesses últimos três anos. A revogação do artigo 9º em 2021 e o cumprimento da Lei do Piso nos anos seguintes, após um período difícil de pandemia, são resultado da luta incansável de milhares de educadores de Juiz de Fora ao longo dos anos,” enfatizou Lúcia Lacerda, coordenadora-geral do sindicato.