CUT/MG apoia projeto de gestão popular e coletiva de usina solar fotovoltaica
A Usina Solar Fotovoltaica Flutuante (UFVf) é uma conquista de famílias atingidas organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB em Minas Gerais
Publicado: 12 Junho, 2023 - 11h24 | Última modificação: 12 Junho, 2023 - 11h43
Escrito por: Projeto Veredas | Editado por: Rogério Hilário
Aconteceu em maio, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), em Belo Horizonte, o início das tratativas entre representantes Associação Veredas, Sol & Lares (Aedas) e da CUT para celebração de parcerias para a gestão popular da usina solar fotovoltaica flutuante (UFVf). Participaram da reunião Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT/MG; Sebastião da Silva Maria, secretário executivo de Administração e Finanças da Central; Gildo Zounar Rodrigues, gestor Administrativo e Operacional da UFVf; e Luis Shikasho, da Coordenação de Projetos da Aedas.
Nas palavras de Jairo Nogueira Filho, presidente da CUT/MG, “faz parte da luta da Central apoiar e fortalecer as iniciativas das organizações e movimentos sociais que possuem compromisso com a luta dos trabalhadores e com um projeto de país. Ficaremos felizes de ser parte desta conquista das famílias atingidas, do MAB e da Aedas.”
A usina solar fotovoltaica flutuante (UFVf) é uma conquista de famílias atingidas organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB em Minas Gerais. A usina foi implementada a partir de parceria celebrada pela Aedas com as empresas Creral Energia e Mil Engenharia, entrou em operação em 6 de março e está localizada no município de Grão Mogol, sobre o reservatório da PCH Santa Marta.
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A energia gerada será destinada a pelo menos 1.250 famílias de baixa renda localizadas em 18 municípios da região do Vale do Jequitinhonha e do Rio Pardo, por meio da modalidade minigeração distribuída prevista na Lei Federal n° 14.300/2012. Para tanto, foi constituída em 19/11/2022 a Associação Estadual de Prossumidores de Geração Distribuída de Minas Gerais – Veredas, Sol & Lares.
A edificação desta iniciativa contou com a realização de estudo de viabilidade econômica que levou em consideração a gestão popular, bem como os procedimentos e custos relacionados as fases de implantação, gestão, operação e manutenção da usina. O estudo apontou que, para beneficiar gratuitamente as famílias de baixa renda, é necessário a inserção de outras pessoas físicas ou jurídicas no arranjo da geração distribuída, que possam também se beneficiar da compensação da energia e ao mesmo tempo contribuir para sua sustentabilidade.
Na oportunidade ainda foram debatidas outras possibilidades de parcerias, junto a sindicatos cutistas que poderiam também ter interesse, bem com a nova gestão da Escola de Formação Sindical 7 de Outubro no Barreiro.
“Estamos comprovando com uma experiência concreta a possibilidade de unificar e conciliar interesses coletivos reivindicados por populações atingidas, a organização e gestão popular sobre um empreendimento social, com a atuação profissional e a capacidade técnica institucional na implantação de projetos. Seu sucesso servirá de inspiração para muitas outras demandas e oportunidades”, afirmou Luis Shikasho.