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CUT/MG repudia mais um caso bárbaro de feminicídio em Minas Gerais

É inadmissível que ainda continuem matando mulheres no Brasil. No nosso Estado, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica

Publicado: 02 Agosto, 2023 - 13h06

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Diário de Caratinga | Editado por: Rogério Hilário

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No momento em que se comemora os 17 anos da promulgação da Lei Maria da Penha, com a Campanha Agosto Lilás, e um dia depois da invalidação da tese de legítima defesa da honra para favorecer acusados de feminicídios, é com profundo pesar e revolta incontida que a Secretaria da Mulher Trabalhadora e o Coletivo de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) repudiam mais um ato de extrema violência contra mulheres. Um duplo e bárbaro homicídio aconteceu no Córrego Eliotas, nas proximidades de São Simão do Rio Preto, Distrito do município de Simonésia. A Polícia Militar foi acionada para o atendimento de um duplo homicídio no Córrego Eliotas, nas proximidades de São Simão do Rio Preto, distrito do Município de Simonésia, na Zona da Mata mineira.  

Vanessa da Silva Pereira, de 34 anos, e a filha, Rayane Vitória Pereira Mota, de 15 anos, foram assassinadas a machadadas pelo companheiro da mãe, na manhã de terça-feira, 1º de agosto.  O suspeito teria agredido Rayane, no domingo, saído de casa e retornado na terça-feira, quando matou as duas.  Ele fugiu na moto do sogro e ainda não foi preso. O machado utilizado nos homicídios estava jogado no quintal. Uma outra filha de 8 anos também morava na casa, mas por volta de 6h30, saiu de casa para ir para a escola. O pai da criança foi chamado para buscar a menina.

Policiais militares atenderam à ocorrência, quando chegaram ao local as duas já estavam mortas no interior da residência. Segundo o médico legista,  Vanessa estava grávida de seis meses e a criança era um menino. O fato chocou a todos das comunidades vizinhas e toda região. A motivação do crime ainda era desconhecida até a manhã desta quarta-feira (2).

É inadmissível que ainda continuem matando mulheres no Brasil. No nosso Estado, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros. Em Minas, o número de mulheres mortas cresceu: de 155 (2021) para 170 (2022).  Só no primeiro mês deste ano, 11 foram assassinadas, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp).

Neste momento de dor, a secretária da Mulher Trabalhadora, Lucimar de Lourdes G. Martins, e o Coletivo de Mulheres se solidarizam com os familiares das vítimas e, ao mesmo tempo, exigem que haja um efetivo combate à violência de gênero em Minas Gerais e em todo o país.