CUT Minas repudia agressão covarde de bolsonaristas a repórter-fotográfico em BH
Profissional do jornal Hoje em Dia levou chutes, socos e pauladas quando registrava ato antidemocrático em frente à 4ª Região Militar em BH. Jornalistas são agredidos ao cobrir desmonte de acampamento
Publicado: 06 Janeiro, 2023 - 15h02 | Última modificação: 06 Janeiro, 2023 - 16h29
Escrito por: CUT/MG | Editado por: Rogério Hilário
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda da sua base manifestam sua solidariedade a um repórter-fotográfico do jornal Hoje em Dia e o repúdio à agressão sofrida pelo profissional de comunicação ao tentar registrar imagens do acampamento de bolsonaristas golpistas, que há mais de dois meses estavam em frente à 4ª Região Militar do Exército, na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte.
O trabalhador, de 60 anos, em pleno exercício da sua profissão, foi perseguido, na tarde de quinta-feira, 5 de janeiro, quando fazia fotos de longe. Ele chegou a se esconder atrás de um carro, mas foi arrastado pelo chão e agredido com socos, chutes e até pauladas. O repórter-fotográfico sofreu cortes na cabeça e foi atendido em uma unidade de saúde. A câmera, sua ferramenta de trabalho, foi levada pelos agressores, e as lentes, destruídas pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma covardia inominável. Um episódio lamentável que se soma à escalada de violência contra jornalistas promovida pelos fascistas, que afluíram neste país desde janeiro de 2018, incentivados pelo governo anterior.
Os bolsonaristas, que desde o dia 30 de outubro inconformados com o resultado da eleição presidencial, que consideram fraudado, mesmo que corroborado por todas as instâncias, inclusive depois de questionamento feito, sem provas, pela própria direção do partido do candidato derrotado, impediam o acesso e atormentavam moradores da região e pacientes de um hospital próximo do local. E, absurdo dos absurdos, sem serem incomodados por mais de dois meses. E, em nome da pátria, da família e da liberdade, pediam a ditadura militar, travestida do eufemismo intervenção militar. Com o intuito de simplesmente, por vontade própria, anular um pleito legítimo. Ato flagrantemente antidemocrático e, seguramente, financiado por empresários e políticos da extrema-direita.
A CUT/MG se solidariza com a Prefeitura de Belo Horizonte que, diante dos fatos, não poderia deixar de agir. Desmontou o acampamento espúrio e golpista, acionando a Guarda Municipal e a BHTrans. Uma ação que deveria ter sido realizada em conjunto com as polícias militar e civil, mas, o governo de Romeu Zema optou pela omissão, mesmo diante da gravidade da situação. Durante a ação da PBH, mais uma vez os bolsonaristas evidenciaram seu ódio não apenas à democracia, mas à imprensa que não é conivente com suas práticas antidemocráticas. Agrediram novamente jornalistas que registravam o trabalho da PBH e danificaram seus equipamentos. Com chutes e socos, os profissionais foram impedidos de trabalhar. Exigimos punição para todos os agressores e golpistas.