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CUT Minas repudia posição da Fiemg, aliada de Bolsonaro

Federação das Indústrias entrega proposta de flexibilização de direitos e redução de fiscalizações, o que precariza ainda mais as relações de trabalho e amplia os efeitos negativos da Reforma Trabalhista

Publicado: 07 Outubro, 2022 - 15h39

Escrito por: CUT/MG | Editado por: Rogério Hilário

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A CUT Minas sempre se posicionará contra qualquer ataque aos direitos de trabalhadoras e trabalhadores, duramente conquistados após décadas de lutas.

Propor a flexibilização de direitos e redução de fiscalizações não apenas contraria nossa tradição e posicionamento políticos, mas demonstra completa desconexão com a realidade brasileira.

A Reforma Trabalhista, aprovada pelo Governo Michel Temer e apoiada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), não conseguiu cumprir a falsa promessa de criar empregos. Pelo contrário, as taxas de desemprego alcançaram níveis alarmantes e houve uma precarização ainda maior das relações de trabalho no Brasil, com o aumento do número de trabalhadoras e trabalhadores informais. Além disso, Jair Bolsonaro aprovou medidas provisórias que potencializaram ainda mais os efeitos negativos da Reforma Trabalhista.

As propostas apresentadas pela Fiemg, no entanto, estão estritamente alinhadas com a condução política e econômica do Governo Bolsonaro, que reduziu pela metade as verbas para fiscalização do trabalho e aprofundou o desmonte nas políticas públicas de proteção ao emprego. Aliás, Jair Bolsonaro foi o único candidato à Presidência que não assinou a Carta-Compromisso contra o Trabalho Escravo, organizada por diversas entidades da sociedade civil, além de ter como apoiadores e financiadores de sua campanha empresários investigados e condenados por situações análogas à escravidão.

É importante lembrar que, neste ano, completamos 18 anos da Chacina de Unaí, quando três auditores fiscais e um motorista foram assassinados em Minas Gerais. Além disso, vivenciamos nos últimos anos o maior acidente trabalhista da história desse país, fruto do crime da Vale em Brumadinho, que resultou em 270 mortes. Defender a flexibilização da fiscalização e destruir direitos trabalhistas é desconsiderar a situação dramática vivida pela classe trabalhadora mineira.

Direção Estadual - Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG)