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CUT/MG repudia veementemente ato de racismo contra família no metrô em BH

Publicado: 07 Junho, 2022 - 21h29 | Última modificação: 07 Junho, 2022 - 21h37

Escrito por: CUT/MG | Editado por: Rogério Hilário

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A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista manifestam seu repúdio a mais um crime de racismo registrado em Belo Horizonte, no último final de semana. E, principalmente, se posiciona contra a decisão do Tribunal de Justiça de conceder liberdade provisória a Adriana Maria Lima Brito, nesta terça-feira, 7 de junho. Ela cometeu um crime inafiançável e de uma gravidade ainda mais potencializada por uma conjuntura nacional em que a intolerância se potencializa ao extremo, com um governo que enaltece a discriminação em todos os graus e níveis.

De acordo com o TJMG, por meio de sua assessoria de imprensa, a acusada foi solta por ser ré primária e a pena para o crime ser inferior a 4 anos de prisão.

Uma família sofreu ataques racistas de Adriana Maria Lima Brito, no último domingo, 5 de junho, na Estação José Cândido da Silveira do metrô, no bairro Santa Inês, na Região Leste da capital mineira. Segundo a Polícia Militar e imagens gravadas pelo celular de testemunhas, ela começou as ofensas assim que a pai, mãe e filha embarcaram em um dos vagões. As vítimas relataram que a mulher gritou: “Negros fedidos, crioulos fedorentos, raça impura. Vocês não poderiam estar no mesmo ambiente que nós. Vocês deveriam ter descido do metrô, pretos fedorentos”. Imagens filmadas mostram, em outros momentos, que a suspeita fala “eu sou racista, sou racista”. Testemunhas disseram que, ainda, ela afirmou “não gostar de pretos”, que “o sangue que corria na veia dela não era o mesmo deles”, que “os crioulos deveriam morrer”.

A CUT/MG também discorda a imputação eufemismos judiciais como caracterizar atos tão repugnantes e condenáveis como injúria racial, o que ameniza punições de pessoas que, claramente e em ações registradas por câmeras e por testemunhas, hostilizam outras pessoas e defendem a desigualdade por causa da cor da pele.

A CUT/MG, por intermédio de sua secretária de Combate ao Racismo Elaine Ribeiro,  se solidariza com esta  família e estamos de mais dadas contra mais este crime de racismo em nosso país.