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Discurso em Divinópolis repete ataques à Copasa feitos em Patos de Minas

Prefeito despejou nas redes sociais a mesma falácia de rescisão de contrato com a empresa jogando nas costas da empresa e dos serviços públicos seu fracasso administrativo 

Publicado: 05 Junho, 2024 - 15h46

Escrito por: Sindágua/MG | Editado por: Rogério Hilário

Rogério Hilário
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A proximidade da eleição para os municípios leva prefeitos sem realizações em suas gestões a buscar, desesperadamente, discurso para tentar reeleição. Tais iniciativas, recorrentemente, usam as empresas públicas como “caixa de pancada”, jogando o seu fracasso administrativo nas costas de serviços públicos essenciais mantidos pelas estatais no cumprimento de preceitos constitucionais característicos de responsabilidade social.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) continua sendo a preferida de prefeitos, como vem acontecendo com Gleidson Azevedo, chefe do Executivo de Divinópolis, que despejou nas redes sociais a mesma falácia de rescisão de contrato com a empresa, repetindo a estratégia fracassada usada em Patos de Minas, que tentou de todo jeito emplacar um processo de licitação para privatizar os serviços essenciais de saneamento.

Gleidson afirmou que teria assinado um edital para entregar os serviços de saneamento a outra empresa. Ele mesmo confessa que, na última campanha para se eleger prefeito, teria afirmado que seria “tolerância zero” com a Copasa. O prefeito apresenta duas evidências em sua fala: na véspera de nova eleição, mostra desespero com sua péssima imagem diante da população, revoltada com tragédias acontecidas na UPA, desviando a atenção para novo ataque à estatal de saneamento, como também já parece ter um espelho antecipado do que pode acontecer com ele na eleição que se avizinha.

Sua afirmação também contém uma evidência preocupante, de que seu edital tira a Copasa da prestação de serviços, como se já soubesse o resultado de eventual licitação em que, caso se realize, pode ter a empresa estatal como participante.

Em Divinópolis o caminho poderá ser o mesmo trilhado pela lambança acontecida em Patos de Minas, onde toda a falácia não conseguiu superar as denúncias de irregularidades no processo licitatório e que redundou na permanência da Copasa, para o bem da população, que continua tendo um serviço de saneamento com qualidade.

Este caminho é o da desmoralização da polêmica deliberadamente produzida pelos políticos, tentando difamar algo que não resolvem com responsabilidade, tentando distorcer a realidade para ganhar a população, que felizmente está alertada contra o péssimo serviço de empresas privadas e, principalmente, da elevação de tarifas para satisfazer a ganância exploratória de empresa que não pensa na população, sobretudo a mais pobre, que não suporta pagar contas elevadas de água.