É hora de todos os funcionários do Metrô de BH entrarem de cabeça na luta

Na semana passada, metroviárias e metroviários com a diretoria do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) foram para a entrada da sede da empresa, onde trabalham os funcionários da área administrativa, para dialogar com os mesmos sobre a necessidade de que haja um engajamento mais efetivo de todos os trabalhadores na luta pela manutenção dos empregos caso a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Belo Horizonte seja privatizada. A diretoria do Sindicato tem feito isso em todos os setores para que ninguém fique de fora.

Infelizmente, muitos trabalhadores ainda pensam que podem se salvar ou salvar o seu emprego caso a empresa seja privatizada, conforme os termos atuais colocados pelo governo.

Para esclarecimento de todos, das empresas privatizadas no Brasil, nenhum setor se salvou, as demissões foram generalizadas, a começar pelos que têm melhores salários. Nas empresas, uma vez privatizadas, os novos patrões já chegam com a sua equipe de gerenciamento já montada.

Os novos patrões chegam prontos para mudar a “filosofia” da empresa que é completamente diferente de uma empresa pública e, mesmo os trabalhadores façam uma tentativa de se “converterem” ao novo modo de pensar, eles não têm a credibilidade dos novos proprietários sendo demitidos imediatamente, pois existe a necessidade de tornar o empreendimento o mais lucrativo possível e cortam diversas conquistas e benefícios.

A greve completou um mês no dia 21 de abril e, por enquanto, não há manifestação alguma do governo no sentido de resolver qualquer reivindicação e principalmente negociar o emprego dos trabalhadores concursados, estando claro desde o início, é que estes trabalhadores serão demitidos após um ano do martelo da privatização ser batido.

Todos os trabalhadores devem ter bastante claro que ninguém se salvará sozinho e, mesmo se os futuros patrões forem aproveitar alguns poucos trabalhadores, estes terão seus contratos de trabalho modificados no sentido de redução drástica dos direitos conquistados por esta categoria ao longo de vários anos de luta.

Portanto, é hora de manter a unidade e o Sindimetro/MG está firme em manter esta greve e a ampliar, todas as possibilidades de envolvimento dentro e fora da categoria para alcançar uma vitória, ou seja, impedir que cerca de 1.600 famílias caiam na desgraça de uma vida indigna como este governo faz com grande parte da população brasileira.

O Sindimetro/MG reforça a necessidade dos trabalhadores da área administrativa paralisarem suas atividades durante o período em que os trabalhadores de outras áreas também estejam parados e participem das assembleias e de todas as ações para sermos vitoriosos. A luta é de todos os funcionários da empresa e mesmo da população de Belo Horizonte que sofrerá com os péssimos serviços de uma empresa privada e com passagens caríssimas como, por exemplo, em São Paulo e Rio de Janeiro.

Todos firmes até a vitória.