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Educadoras e educadores aprovam agenda de paralisações e atividades

Calendário apresentado na Assembleia da categoria inclui manifestação no dia 21, em Ouro Preto, e paralisação geral no dia 8 de maio no enfrentamento ao governo Zema. Categoria luta pelo piso salarial

Publicado: 12 Abril, 2024 - 13h52 | Última modificação: 15 Abril, 2024 - 16h14

Escrito por: Rogério Hilário, com informações do Sind-UTE/MG e da TV Assembleia | Editado por: Rogério Hilário

Rogério Hilário
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Educadoras e educadores, coordenados e organizados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, paralisaram as atividades e participaram, na tarde de quinta-feira, 11 de abril, no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG), de assembleia geral.

Na atividade, foram aprovados o calendário de lutas para os meses de abril e maio, com agenda de paralisações gerais e regionais, e ações em todo o Estado. Entre elas manifestação conjunta de servidoras e servidores e apoiadores da luta contra o governo de Romeu Zema (Novo) no dia 21, em Ouro Preto e paralisação geral de todas as categorias do funcionalismo público, no dia 8 de maio. Estas propostas foram apresentadas pela Frente Mineira de Defesa do Serviço Público, que une mais de 20 sindicatos e entidades dos setores público e privado.

Na assembleia, trabalhadoras e trabalhadores em educação, que reivindicam o cumprimento da Constituição com o pagamento do piso nacional salarial de R$ 4.580,57, entre outras pautas, contaram com o apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), de sindicatos que representam os setores público e privados e dos deputados estaduais Beatriz Cerqueira (PT) e Betão (PT). A próxima assembleia geral, com paralisação de educadoras e educadores, está programada para o dia 29 de maio.

“Definimos e aprovamos paralisações e atividades regionais, algo que nós nunca fizemos. Não que a gente goste de paralisar ou de vir a Belo Horizonte. Nós estamos paralisando porque as coisas estão graves. As pessoas estão doentes, o salário é miserável. E o governo do Estado finge que não é com ele. Impõe um processo de reposição que é duro para nossa categoria sem que ele tenha cumprido a sua parte”, disse Denise de Paula Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.

O Sindicato denuncia que, atualmente, a média salarial da categoria é de R$ 2.600 e reivindica, também, a convocação dos aprovados em concurso de 2017 e melhorias no atendimento para efetivos e contratados no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), e direitos iguais para efetivos e contratados. No último dia 3, a diretoria do Sind-UTE/MG se reuniu com representantes do governo. A secretária de Planejamento, Luiza Barreto, disse que o Executivo só pode conceder reajuste de até 3,62%. O que não foi aceito pela entidade, que pede 72% para que a remuneração chegue ao piso salarial profissional nacional.

O presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, enfatizou a importância da unidade construída pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público contra o projeto político de Romeu Zema. “É preciso destacar a importância desta unidade que está se construindo em Minas Gerais, e mantendo firme, tem mais de 20 sindicatos que representam servidoras e servidores públicos, das estatais, do setor privado e das federais na luta contra o governo de Romeu Zema (Novo). Isto é importantíssimo, inédito no Estado. Para nossa unidade pode vencer esta barreira que está sendo colocada em cima da gente. Porque nós entendemos que a partir do ano passado, quando impusemos a primeira derrota ao Zema, a partir do movimento sindical, foi com relação ao regime de recuperação fiscal (RRF).”

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“A nossa unidade tem capacidade de avançar muito mais na luta contra este governo que, no nosso entendimento, é inimigo da classe trabalhadora. Zema está trabalhando para destruir o funcionalismo, para destruir o serviço público em Minas Gerais. Por isso a importância do Sind-UTE neste processo. Por isso a importância e trago uma saudação à Denise (Paula Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE), que conseguiu fazer, construir a nossa unidade. O que não é fácil. Unidade no discurso e na fala é muito fácil. Unidade na real mesmo na ação, na luta, é difícil demais. São categorias que têm o mesmo patrão, o Zema, mas que são diferentes no trabalho. Temos a polícia, o fisco, temos o Ipsemg. Temos companheiros do meio-ambiente, do saneamento, energia, saúde. Juntar tudo isto e construir uma unidade é uma tarefa difícil, mas nós estamos conseguindo. Uma salva de palmas para a nossa unidade. A Frente Mineira em Defesa do Serviço Público. Vamos apoiar o que vocês decidirem. E no dia 21 de abril, nós vamos nos encontrar em Ouro Preto, para fazer a disputa com o Zema, que no ano passado teve a desfaçatez de homenagear Moro e Temer. E este ano isso não vai acontecer”, afirmou o presidente da CUT/MG.

Sebastião da Silva Maria, secretário de Administração e Finanças da CUT/MG e diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários de BH e Região, ressaltou, ainda, que a luta de educadoras e educadores é de toda a classe trabalhadora.  “Nós estamos aqui como bancários e a maioria representando o setor privado, mas temos os bancos públicos federais, temos o Banco de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (BDMG), um banco público estadual. E nós entendemos que o serviço público é essencial para o país. Essencial para qualquer nação. Entendemos que a educação faz parte da luta da classe trabalhadora. Por isso que desde o princípio os bancários e as bancárias estão junto com educadoras e educadores, do pessoal da segurança. Dos servidores públicos estaduais em geral, porque ninguém merece e ninguém pode aceitar uma defasagem salarial de 72%. Isto é criminoso. Deixo um abraço de bancárias e bancários e a certeza que estaremos juntos com vocês até a vitória.

DENTRE AS DATAS PROGRAMADAS ESTÃO:

18 de abril - Dia Nacional de Luta pelo Piso e Carreira (CNTE) dos(as) profissionais da educação das redes municipais e estadual. Debate nas escolas sobre a campanha salarial.

21 de abril - Manifestação em Ouro Preto – movimento de denúncias sobre o desmonte dos serviços públicos em MG.

22 e 26 de abril - 25ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE. Atividades de pressão organizadas junto à Frente Mineira de defesa dos Serviços públicos e ALMG para avançar nos itens da campanha salarial de 2024.

23 de abril - Atividades em defesa do IPSEMG e Hospital FHEMIG.

24 de abril - Audiência Pública sobre os impactos da possível Declaração de Inconstitucionalidade da Lei 21710/15.

25 de abril - Audiência Pública sobre as condições de trabalho do CESEC. Paralisação dos (as) trabalhadores (as)do CESEC.

26 de abril - Atividades de mobilização da Campanha Salarial, com paralisação na região da Zona da Mata.

30 de abril - Audiência de conciliação no TJMG. ADI da Lei 21710/15.

1º de maio -  Dia do(a) Trabalhador(a).

8 de maio - Greve Geral do Funcionalismo Público de MG.

13 de maio - Atividades de mobilização da Campanha Salarial, com paralisação na região do Vale do Aço, Rio Doce, Mucuri.

17 de maio - Atividades de mobilização da Campanha Salarial, com paralisação no Vale do Jequitinhonha e Norte.

20 de maio - Atividades de mobilização da Campanha Salarial, com paralisação nas regiões do Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba.

22 de maio - Mobilização em Brasília. Atividade junto à CUT e Frente Mineira de Defesa dos Serviços públicos.

24 de maio - Atividades de mobilização da Campanha Salarial, com paralisação nas regiões Sul e Centro Oeste.

29 de maio - Assembleia Estadual – Paralisação total das atividades.