Educadoras e educadores aprovam jornada de lutas em defesa do Ipsemg
Publicado: 14 Junho, 2024 - 14h52 | Última modificação: 14 Junho, 2024 - 16h01
Escrito por: Sind-UTE/MG | Editado por: Rogério Hilário
Trabalhadoras e trabalhadores da rede estadual de ensino aprovaram em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 13 de junho, um extenso calendário de mobilizações em defesa do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg). A assembleia também descartou a proposta de greve por tempo indeterminado. Ainda nesta quinta-feira, os trabalhadores e trabalhadoras saíram em passeata até um dos imóveis históricos do Ipsemg que o governo de Romeu Zema quer vender, conforme o PL em tramitação.
A instituição centenária de assistência aos servidores públicos é objeto do Projeto de Lei 2.238/2024, proposto pelo governo Zema, em tramitação na Assembleia Legislativa. O PL aumenta o valor da contribuição dos beneficiários e faz profundas mudanças que vão onerar ainda mais os servidores e servidoras, principalmente os do setor educacional. Se aprovado, o projeto também anula os efeitos do reajuste de 4,62% aprovado na semana passada.
Mobilização
A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise de Paula Romano, enfatizou que a assembleia aprovou um amplo calendário de mobilizações, por região, para que a categoria esteja de vigília na Assembleia Legislativa todas as terças, quartas e quintas-feiras, até o final da Legislatura neste primeiro semestre. “Estaremos todos os dias mobilizados para defender o Ipsemg, para defender os nossos direitos, a assistência médica e odontológica que o governo quer tirar dos trabalhadores. A mobilização começa na próxima terça-feira em BH e região Calcárea, onde estaremos com as atividades paralisadas, acompanhando as reuniões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALMG, que é onde o projeto inicia sua tramitação”, reiterou Denise.
Avaliação
O Conselho Estadual do Sind-UTE/MG propôs e aprovou na Assembleia uma avaliação positiva da jornada de lutas em torno do reajuste salarial. Conforme avaliação houve conquistas no processo de discussão do reajuste e o governo Zema só encaminhou a proposta de aumento do índice de 3,62% para 4,62% em razão desta mobilização. Ainda conforme o Sind-UTE, o Conselho Geral e assembleia entendem que os trabalhadores acumularam forças para as próximas jornadas, como a luta em defesa do Ipsemg.
“Nossa necessidade imediata é ampliar a mobilização para fazer frente aos ataques do governo Zema aos direitos da categoria, materializados na proposta de alteração da legislação do IPSEMG”, destaca a proposta do Conselho.
Calendário
De acordo com a assembleia de quinta-feira, a categoria vai manter um calendário com ações em ritmo de mobilização crescente, intensificando o trabalho de base com visitas às escolas e atividades regionais, além da vigília permanente e pressão na ALMG durante o processo de tramitação do Projeto de Lei 2.238/2024.