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Em assembleia histórica, trabalhadoras e trabalhadores rejeitam proposta da Copasa

Publicado: 08 Dezembro, 2021 - 07h34 | Última modificação: 10 Dezembro, 2021 - 15h04

Escrito por: Sindágua/MG | Editado por: Rogério Hilário

Sindágua/MG
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Eduardo Pereira, presidente do Sindágua/MG, durante a assembleia realizada na portaria da Copasa

”Covardia com trabalhadores!” As palavras do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua/MG), Eduardo Pereira de Oliveira, sintetizam a rejeição total e o espírito de centenas de trabalhadoras e trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) vindos de várias localidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte para repudiar a proposta apresentada pela diretoria da empresa para solucionar três anos sem acordos coletivos com não reposição de perdas, tentativa de mudar a data-base da categoria para novembro, reajustes salariais e de benefícios aquém de uma inflação acumulada em 40 meses e afiando o facão para demitir em massa ao não querer assegurar a garantia de emprego.

A assembleia na portaria da empresa, na tarde desta terça-feira, 7 de dezembro, confirmou a rejeição plena desta proposta, que vem acontecendo em todo o Estado, além de denunciar irregularidades na gestão da Copasa que deverão ser investigadas em CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que apura inclusive remuneração escandalosa de R$ 490 mil recebido pelo presidente da empresa e contratação de um primo seu para cargo na empresa.

A categoria continua a luta pelos acordos coletivos de trabalho, represados desde 2019 e denuncia a gestão colocada por Romeu Zema na Copasa, que destrói sua estrutura funcional, sucateia as condições de trabalho, perde concessões, tudo em favor do entreguismo para privatizar a empresa.

A categoria defende seus direitos, mas também o saneamento e as responsabilidades do Estado em garantir serviços públicos essenciais para o povo mineiro.

Seguimos firmes e dispostos ao diálogo, para termos uma empresa com gestão responsável e impedir quaisquer políticas imorais e o mau-cheiro de uma gestão personalista e em proveito próprio.

Na atividade, que aconteceu debaixo de forte chuva, categoria e Sindágua contaram com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), representada pelo seu presidente Jairo Nogueira Filho; do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect/MG); do Sindicato Único dos Trabalhadoras da Saúde (Sind-Saúde/MG); e do mandato da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).

Categoria segue aberta ao diálogo, mas não abre mão de suas demandas:

  • Reajuste pelo INPC acumulado nos salários e benefícios nas datas-base;
  • pagamento das diferenças salariais e dos benefícios retroativas às datas base de maio de 2019, 2020 e 2021;
  • garantia de emprego;
  • manutenção das conquistas do acordo vigente;
  • manutenção do acordo extraordinário da PL LINEAR e pagamento do direito de 2019 e 2020
  • manutenção de todas as conquistas do acordo vigente.