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Em defesa da soberania nacional, movimentos populares e sindicais se reúnem em BH

CUT Minas marca presença em ato contra tarifaço dos EUA e o PL da devastação. Movimentação ocorreu por todo o Brasil na sexta-feira (1º)

Publicado: 04 Agosto, 2025 - 15h10

Escrito por: Fernando Dutra | Editado por: Maria Beatriz de Castro

Fernando Dutra
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Os atos em defesa da soberania nacional que tomaram as ruas do Brasil na última sexta-feira (1º) ecoaram pelas cidades a mensagem de um país que tem autonomia sobre suas decisões e que não vai aceitar a interferência de outras nações. O povo bradou em alto e bom tom: O Brasil é dos brasileiros!

Em Minas Gerais, a CUT Minas e o povo mineiro também foram às ruas e deixaram seu recado em favor da soberania nacional. Na capital mineira, as atividades tiveram início logo pela manhã, no coração da capital: a Praça 7. Na Tenda da Democracia, houve panfletagem, diálogo com a população e urna aberta do Plebiscito Popular. A partir das 17h, o ato tomou forma com a participação de diversas entidades, coletivos e movimentos, finalizando com o cortejo até a praça da Estação, no Centro.

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O presidente da CUT Minas, Jairo Nogueira, destacou a participação popular na manifestação. “Este é um ato muito importante de luta da população. É a luta pela soberania, contra o tarifaço, contra o PL da devastação, que está tentando liberar geral para a mineração. Contra a escala 6x1, que está detonando nossa juventude e a classe trabalhadora”, afirmou.

A justiça tributária e a redução da jornada de trabalho foram pontos principais de protesto. “Vamos lutar pela escala 4x3 para que a gente possa ter folga de verdade, ter vida social, poder estudar, ir para a igreja, fazer o que quiser da nossa vida. E lutar pela taxação dos super-ricos! Estamos falando de quem tem muito dinheiro, quem tem ilha particular e jatinho”, lembrou Jairo.

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Embalados pelo ‘Bloco Sou Vermelho o povo mineiro cantou, em alto e bom tom, também contra o genocídio do povo palestino pelo governo criminoso de Israel. O pedido em relação ao PL da devastação, projeto que coloca em risco nossas águas, nossa saúde e nossa terra, aprovado na Câmara na madrugada do dia de 17 de julho, é simples: veta, Lula!

A manifestação popular chamou a atenção de quem passava pelo centro de Belo Horizonte, como foi o caso da pesquisadora Lucimar, que voltava do trabalho para casa, mas fez questão de deixar sua palavra.

“Sou dona de casa e trabalhadora da área de pesquisa. Fui perseguida por Bolsonaro. Ele falou que pesquisa era mentira e as pessoas fechavam as portas para a ciência. Temos que defender a educação, professor tinha que ser o profissional mais bem remunerado do Brasil! É na escola que se formam os cidadãos. São os professores que aguentam famílias desestruturadas e crianças traumatizadas, tudo isso ganhando mixaria, enquanto tem calhorda nos Estados Unidos gastando nosso dinheiro, o dinheiro do povo”, protestou, citando Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL.

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Tema principal do ato, o tarifaço do governo de Donald Trump estava marcado para começar no dia 1º. No entanto, a cobrança de 50% sobre as exportações brasileiras deve começar no dia 6. A medida chantagista visa não só à interferência na Justiça brasileira, mas o acesso às terras raras do país.

A luta pela soberania nacional está apenas no início e uma nova etapa se revela ainda nesta semana.

Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pela isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5mil e contra a pejotização irrestrita, continua até 7 de setembro o Plebiscito Popular. Vote online ou aqui na CUT Minas, onde temos uma urna disponível.