Empresas de TI insistem em proposta que não repõe perdas e rebaixa benefícios
Publicado: 17 Outubro, 2022 - 11h57
Escrito por: Sindados | Editado por: Rogério Hilário
Após mais de um mês de intensas negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, a entidade patronal, o Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Sindinfor), insiste em apresentar uma proposta de reajuste de salários e benefícios que não garante a recuperação do poder de compra de trabalhadoras e trabalhadores.
Apesar da proposta patronal de reajuste salarial, que estava abaixo da inflação, ter chegado ao INPC (8,82%) para trabalhadoras e trabalhadores que recebem até seis salários mínimos (R$ 7.272,00), o Sindinfor deixa de fora os profissionais com salários superiores a esse valor e insiste em não recompor integralmente o poder de compra do Vale Refeição, da PLR e dos demais benefícios de natureza financeira.
Levando em consideração a alta de preços dos últimos 12 meses em gêneros de grande impacto no orçamento dos trabalhadores, especialmente nos itens alimentares, nem mesmo o reajuste salarial pela inflação, retroativo a data-base de 1º de setembro, seria suficiente para recompor o poder de compra dos salários, o que dirá se não houver a correção integral do Vale Refeição, da PLR e demais benefícios.
Além disso, a proposta patronal de reajuste salarial deixa de fora os trabalhadores que recebem salário superior a seis mínimos, sob o argumento de que esses profissionais poderão negociar “livremente” com seus patrões o índice de correção.
Não há justificativa aceitável para não recompor integralmente o poder de compra do vale refeição, considerando que o aumento de preços dos alimentos nos últimos doze meses superou a inflação medida pelo INPC. Da mesma forma, não podemos aceitar que os demais benefícios da Convenção Coletiva fiquem sem qualquer reajuste e que parte dos trabalhadores não tenha a garantia de correção dos salários.
O setor de TI se destacou de outros setores da economia por se encontrar em expansão e ter sido capaz de atravessar a crise dos últimos dois anos com crescimento, o que faz com que a simples cogitação de não garantir a recomposição do poder de compra dos salários e demais benefícios se apresente como uma desvalorização inaceitável de seus trabalhadores.
Os trabalhadores de informática de Minas Gerais não aceitam ser desvalorizados dessa forma!
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