“Enquanto houver racismo não há democracia”, defende coordenador do MNU
José Carlos de Souza, coordenador do Movimento Negro Unificado em Minas Gerais, concedeu entrevista à Rádio UFMG Educativa
Publicado: 02 Dezembro, 2025 - 10h10
Escrito por: UFMG Educativa
Nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, Coordenador Estadual do MNU – Movimento Negro Unificado, em Minas Gerais, Bacharel em Direito, com Pós-Graduação em Mediação e Conciliação, Assessor Político e Sindical, Conselheiro Municipal da Igualdade Racial de BH e Integrante do Coletivo Minas Pró-Reparações, José Carlos de Souza, conversou com a jornalista e apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.
O papel dos movimentos sociais na luta pelos direitos humanos e no combate ao extermínio da população negra, em especial o MNU – Movimento Negro Unificado foi a temática principal da entrevista realizada após a recente celebração do Dia Nacional da Consciência Negra, uma data que simboliza a luta por uma sociedade antirracista. O feriado se tornou nacional graças à luta incansável do movimento negro. A poucos dias de completarmos um mês da tragédia que foi a operação das polícias civil e militar do Rio de Janeiro, um massacre que deixou 121 pessoas mortas, em sua maioria homens negros, nos Complexos do Alemão e da Penha. A operação policial mais letal da história fluminense evidenciou mais uma vez o caráter racista e sistemático da violência de Estado contra a população negra e periférica.
Durante a entrevista, o ativista do MNU José Carlos de Souza alertou que enquanto houver racismo não haverá democracia. “Reparações, um projeto de nação, tem tudo a ver com a pauta dos direitos humanos e com essa questão horrível que vimos no Rio de Janeiro e nas periferias”, defendeu. O assessor sindical ressaltou que a chacina promovida pelo estado do Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025 é a constatação do estado racista que ainda impera em nosso país.
Confira a entrevista na íntegra
