Governador Zema mente. Polícia avança sobre o Acampamento Quilombo Campo Grande
Na manhã desta quinta-feira, 13 de agosto, tratores derrubaram a estrutura da Escola Popular Eduardo Galeano.
Publicado: 13 Agosto, 2020 - 11h29 | Última modificação: 13 Agosto, 2020 - 14h09
Escrito por: Livia Bacelete - Cáritas
No momento cerca de 200 homens de cinco batalhões diferentes estão no local para cumprir a ordem de despejo. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entrou com um pedido no (STJ) Superior Tribunal de Justiça para reversão da ordem ilegal de despejo. E está convocando mobilizações em todas as redes sociais com a #ZemaCovarde.
Foram mais de 12 horas de tensão, nesta quarta-feira (12), até que o governador do estado de Minas Gerais tomasse uma posição sobre o despejo que ocorre no Acampamento Quilombo Campo Grande, no município de Campo. No entanto, o alívio que sucedeu à postagem no twitter suspendendo o despejo durou pouco tempo. A polícia permaneceu no local e o comandante da ação disse ao MST que o despejo continua, caso não receba a ordem de suspensão de forma oficial.
Logo em seguida, Zema recuou da decisão, alegando que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social encaminhou o pedido de suspensão à comarca de Campo Gerais, que não foi aceito. Mas o movimento tem outra perspectiva. “Ele é o governador. Ele podia dar a ordem para a polícia parar com essa atrocidade e se retirar, pelo menos enquanto recorremos na justiça. Todo mundo aqui está em risco agora, exposto ao Corona vírus. Em vez disso, ele se acovarda e inventa desculpas”, avalia Débora Mendes, da direção estadual do MST. Além da escola, um barracão coletivo onde moravam três famílias foi despejado, porém casas e plantações ainda estão intactas.