Governo do Estado não cumpre escala de pagamento e categoria protesta

Trabalhadores e trabalhadoras em educação de Minas Gerais realizaram na tarde desta quinta-feira (14) o ato público “Sem Salário, Sem Trabalho” em protesto por não terem recebido a primeira parcela do salário na quarta-feira (13), já que o governo do Estado não cumpriu a escala anunciada. A manifestação aconteceu em frente à agência Floresta do Banco do Brasil, na Avenida do Contorno, 1.626, onde um grande número de servidoras e servidores recebem o pagamento.

A categoria paralisou as atividades na segunda-feira (11), seguindo deliberação do 11° Congresso do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), quando educadoras e educadores aprovaram entrar em greve se o pagamento não fosse feito quinto dia útil. O movimento continua até que primeira parcela do salário seja quitada.

“A primeira parcela não foi depositada ontem (quarta-feira), conforme a escala anunciada pelo governador Fernando Pimentel. Fizemos uma greve pelo pagamento no quinto dia útil e contra o parcelamento. Vamos continuar parados até que seja quitada a primeira parcela. A nossa luta é pela sobrevivência de trabalhadoras e trabalhadores e suas famílias. O governo não cumpriu a escala”, protestou Mônica Maria de Souza, da Direção Estadual do Sind-UTE/MG.

“Os atrasos e os parcelamentos têm como consequência dívidas com empréstimos, pagamento de juros, as contas ficam atrasadas, o que acarreta multas. E um bom número de educadoras e educadores recebem salário mínimo. Há muitos casos de trabalhadoras e trabalhadores que não têm mais comida em casa e muito menos dinheiro para o transporte. A saúde e a polícia já receberam, mas nada foi depositado para as categorias da educação. Por isso protestamos: sem salário, sem trabalho”, denunciou a dirigente sindical.

 Nota sobre suspensão das atividades na rede estadual

O Governo do Estado divulgou na tarde de sexta-feira (15), datas de pagamento para a educação que fogem completamente da política praticada para as demais categorias do funcionalismo. De acordo com o governo, o valor que ele pagou integralmente para as demais categorias (R$3.000,00), para a educação ele está parcelando de três vezes, ou seja, para a educação o governo está parcelando o que deveria ter sido pago numa única parcela, junto com os demais servidores estaduais.

Conforme decisão do 11º Congresso do Sind-UTE/MG, a categoria suspenderá suas atividades até o pagamento da primeira parcela. Como isso não foi feito pelo governo do estado, a paralisação permanecerá.

O Sind-UTE/MG convoca um ato estadual nesta terça-feira, dia 19 de junho, na Praça da Liberdade e orienta que as subsedes continuem organizando atos locais para o diálogo com a comunidade escolar sobre o que estamos enfrentando.

A discriminação da educação na política de pagamento que o Governo do Estado está praticando é inaceitável.