Greve no Metrô: categoria aguarda comunicado de adiamento de assinatura de contrato

Em assembleia realizada no dia em que a greve total completou 25 dias, metroviárias e metroviários decidiram manter a paralisação das atividades na noite desta sexta-feira, 10 de março. A reunião aconteceu novamente na Estação Central, em Belo Horizonte.

A categoria, que desencadeou o movimento no dia 14 de fevereiro, exige a manutenção de 1,6 mil empregos e trabalhadoras e trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG) ou a revogação do leilão de concessão do Metrô da capital mineira para a empresa Comporte Participações S/A realizado em 22 de dezembro.

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) comunicaram que a assinatura do contrato, que transferiria para a empresa a concessão, foi adiada e que a nova reunião do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, para encontrar uma solução do destino de trabalhadoras e trabalhadores da CBTU-MG, debateria a solução para a demanda da categoria. Nova audiência entre o Sindicato, ministérios e CBTU está marcada para o dia 16 de março, em Brasília para debater a questão.

Na assembleia, ficou decidido que se um documento oficial que garanta a suspensão da assinatura do documento e o prazo hábil para a negociação das demandas de metroviárias e metroviários for enviado ao Sindicato até terça-feira, dia 14 de março, nova reunião de servidoras e servidores, coordenados pela entidade, acontecerá no mesmo dia, às 17 horas no mesmo local, e pode deliberar pelo retorno ao trabalho, com escala de 100%, à zero hora de quarta-feira (15).

“A assinatura não aconteceu e está mantida a audiência do dia 16. Continuaremos batendo em cima e estaremos em Brasília, novamente, na próxima semana. Precisamos de algo oficial que dê pausa neste trâmite da privatização”, disse Daniel Glória Carvalho, secretário-geral do Sindimetro/MG. “O contrato não foi assinado. Nós conquistamos a abertura oficial das negociações com resistência e muita luta e estamos a um passo de garantir o que queremos. Lutamos pelo adiamento da assinatura do contrato e pela revogação do Inciso III, do artigo 6º da Resolução 206. E exigimos um tempo hábil para definir a situação de trabalhadoras e trabalhadores”, completou Alda Lúcia Fernandes dos Santos, presidenta do Sindicato.

Ao final da assembleia, metroviárias e metroviários de Belo Horizonte cantaram: "O Metrô é nosso, tem que respeitar, metroviários BH".